FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR / CRUZEIRO
O Cruzeiro surpreendeu boa parte do cenário esportivo hoje (29) ao anunciar a saída do técnico Pepa, em um momento de avaliações internas, resultados decepcionantes e análises feitas nos bastidores que culminaram nessa decisão.
Segundo apuração da nossa reportagem, o treinador português – que assumiu a equipe no início do Campeonato Brasileiro -, vinha sendo devidamente analisado por parte da diretoria de futebol em relação a uma possível saída pensando na próxima temporada.
O desempenho da equipe, assim como os resultados obtidos, foram avaliados, e apesar de momentaneamente estar na zona de classificação para a Sul-Americana – objetivo da diretoria no ano – o recente declínio nas atuações e os sete jogos consecutivos sem vitória pesaram significativamente na balança para que a decisão fosse antecipada.
Vale ressaltar que algumas escolhas do treinador, tanto táticas em campo quanto estratégicas no dia a dia, não encontraram muita concordância com as visões técnicas internas do departamento de futebol, embora, em nenhum momento, tenha tido qualquer quebra de hierarquia ou cobrança para que o técnico mudasse seu jeito de trabalhar. As divergências sobre as estratégias e métodos de Pepa foram amplamente debatidas e se tornaram fatores críticos na tomada de decisão.
Além disso, informações sugerem que alguns jogadores expressaram descontentamento em relação às oportunidades oferecidas e à forma como as escalações eram definidas. Questionamentos sobre a justiça e o mérito nas escolhas do treinador também causaram alguma insatisfação no vestiário.
Ao contrário das especulações, a decisão pela saída do treinador nesta terça-feira não foi influenciada por fatores externos, como a opinião do empresário Pedro Lourenço, do Supermercados BH. Embora Pedrinho, como é conhecido, tenha publicamente manifestado seu descontentamento, as informações apontam que a decisão foi uma deliberação interna por parte do departamento de futebol do Cruzeiro.
Com a saída de Pepa, o Cruzeiro ainda segue na busca de um novo comandante que possa reverter a situação, estabilizar a equipe e alinhar as estratégias com os objetivos do clube
Pepa deixa o Cruzeiro com o pior aproveitamento entre os técnicos que mais comandaram o time nesta década. Com 3 derrotas e 4 empates nos últimos jogos, somando um aproveitamento de apenas 19,04%, entre as partidas da 15ª até a 21ª rodada. Pepa, que assumiu o comando do Cruzeiro em março deste ano, deixa o clube após 26 jogos. Seu desempenho total teve um aproveitamento de 41,03%.