BOCA JÚNIORS PELA ÓTICA DE UM TORCEDOR LOCAL

Compartilhe

Por Matias Castellano, torcedor do Boca.

Depois de duas temporadas liderando a Superliga de ponta a ponta com dois títulos nacionais, Boca busca o maior objetivo do ano: a Copa Libertadores.

O time argentino tem novos nomes e ainda não consegue definir uma equipe titular, tarefa que vem sendo bastante complicada para Guillermo, que dificilmente repete duas vezes o mesmo 11 inicial. Um dos grandes motivos é a quantidade de nomes de peso no elenco e o outro é não ter encontrando o funcionamento ideal do time (especialmente na defesa). Porém, Boca e diretoria não podem deixar passar a chance de ganhar uma das Libertadores mais difíceis dos últimos anos.

O melhor jogador da equipe dos últimos dois anos, Kichan Pavón, não vem tendo grandes atuações nesta temporada, mas com os retornos de Gago e Benedetto o time se torna mais equilibrado e volta a ter experiência e peso do meio para frente. O jogo contra o Cruzeiro, talvez um dos maiores clássicos da Libertadores será, sem dúvidas, UMA GUERRA. Sabemos que a Raposa está esperando uma revanche desde 2008 e não podemos continuar perdendo tempo (e títulos) em relação ao nosso maior rival River Plate (desde que Gallardo assumiu como treinador, os Millonarios ganharam 1 Sul-Americana, 1 Libertadores, 2 Copas Argentinas e 1 Supercopa, enquanto o Xeneize conquistou apenas 2 campeonatos argentinos e 1 Copa Argentina).

Carlos Izquierdoz chegou para resolver o problema na defesa, mas uma lesão o impediu de ter sequência. Chega nesta decisão após ficar parado por quase 30 dias. Foto: Divulgação/BOCA.

Como mencionado, o ponto fraco do azul y oro é a defesa. Ainda não temos 4 titulares definidos, mas com a chegada de Cali Izquierdoz parece que este problema está próximo de ser resolvido. Contudo, apenas três partidas na temporada com a zaga considerada “titular” parece bem pouco em termos de entrosamento para um jogo de tamanha importância. O melhor jogador do elenco xeneize veste a camisa 5 e atende por Wilmar Barrios. Uma espécie de Kanté colombiano, jogou um grande Mundial pela Colômbia e vem sendo seguido de perto por várias equipes inglesas. Com ele em campo, o Boca é um e SEM ele é outro totalmente diferente. Se sacrifica pela equipe correndo o campo todo para equilibrar a defesa e o ataque de um time que ataca com muitos jogadores e nem sempre recompõe com a mesma eficiência.

Na frente começam os problemas: Nandez, Gago, Pablo Perez, Pavón, Benedetto, Cardona, Wanchope, Tevez, Villa, Mauro Zarate… pelo menos nove jogadores com nível de seleção para cinco vagas. Aposto que Schelotto tentará jogar com um meio campo forte, porém técnico, combinando Gago, Wilmar e provavelmente Pablo Perez com Pavón, Benedetto e Zárate no ataque. A ideia é não deixar o Cruzeiro ter a bola e ser dono do jogo, aproveitando a velocidade de Pavón para abrir o campo e buscar Pipa Benedetto, o 9 mais efetivo do Boca depois de Martín Palermo.

Não será um jogo fácil para o Boca e nem para o Cruzeiro. Com a ausência de Arrascaeta o elenco azul perde seu jogador mais desequilibrante e isso tem que ser aproveitado pela equipe da casa.

Aposto em um empate por 1-1 ou uma vitoria do Boca por um placar apertado, puxado pelo fator torcida, que sem dúvidas nesse tipo de partida é um fator determinante na Bombobera. Mas também não posso descartar uma derrota, visto que do outro lado tem uma das equipes que mais admiro no Brasil.

Saudações celestes!
#MeDibre

Compartilhe