FOTO: BRUNO HADDAD / FLICKR / CRUZEIRO E.C.
Jogador experiente e titular nas últimas oito partidas, Eduardo Brock engatou sua maior sequência pelo Cruzeiro e esteve presente em todos os jogos comandados por Vanderlei Luxemburgo. Mesmo chegando na atual temporada, o zagueiro assumiu um papel de liderança dentro do grupo e é possível ver suas orientações aos atletas no vestiário antes e depois dos jogos. Em coletiva na tarde desta quarta-feira, o zagueiro destacou a crescente de confiança e também de qualidade de jogo do time e reforça a importância da sequência de confrontos com adversários da parte de cima da tabela para brigar pelo G-4.
“A gente já vem numa crescente de confiança, de qualidade de jogo. Isso ficou notório nas últimas partidas e agora vem confrontos diretos, que queremos brigar lá em cima, São jogos muito importantes, mas principalmente vamos pensar no jogo contra o CRB, que é um jogo de suma importância e extrema dificuldade. Estamos nos preparando muito durante a semana, já vem nessa crescente. Vamos continuar fazendo bons jogos, evoluindo nosso nível de atuação. Esse jogo vai mostrar a força que o Cruzeiro está tendo, e que estamos de volta na competição e querendo brigar na parte de cima”.
O sistema defensivo do Cruzeiro vive o melhor momento na Série B. Nos últimos três jogos, apenas um gol sofrido. Brock comentou sobre o melhor encaixe da defesa destacando o papel do time como um todo, atuando de forma mais compacta após a chegada de Luxemburgo facilitou o jogo coletivo da equipe.
“É uma contribuição de todos. No momento que estávamos tomando muitos gols, até falei que não era simplesmente da parte defensiva. Zagueiros, volantes, laterais… isso começa em geral. Toda equipe assume uma responsabilidade de marcação, assim como assume uma responsabilidade ofensiva. Isso é a equipe se portar bem. O Luxemburgo conseguiu fazer com que a gente encaixasse, jogando num espaço menor do campo, mais compactado, isso facilita a parte defensiva, estamos sempre próximos, ajudando um ao outro. Isso tem muita contribuição dos beiradas que tem que voltar pra fazer a marcação, o centroavante que vem até o volante interceptar uma bola. Isso é o que o professor conseguiu, fazer com que a parte ofensiva entendesse que deve ajudar a parte defensiva e vice-versa. É o conjunto”.
Sobre enfrentar o melhor ataque da competição (o CRB marcou 30 gols em 20 jogos), Brock pediu concentração para seguir mantendo a organização defensiva como um todo e destacou que não ser vazado é um facilitador para que o time consiga sair com o resultado positivo.
“(Sobre enfrentar o melhor ataque) Nós como zagueiros somos responsabilizados quando tomamos um gol, e ficamos felizes quando não se tem gol. Nossa conversa é não tomar gol para estar mais próximo da vitória. Agora enfrentamos um dos grandes ataques da competição e vamos conseguir provar o quanto tivemos uma evolução da parte defensiva e mostrar que não significa que o zagueiro, lateral ou volante sejam ruins, e apenas ter uma organização boa e o time todo ter o entendimento e compactação da parte defensiva, que um precisa ajudar o outro, e isso nos possibilita a não tomar gol e vamos procurar não ser vazados para estar mais próximo da vitória”.
O zagueiro também foi abordado sobre o que mudou no clube com a chegada de Luxemburgo em relação ao que vinha acontecendo com o ex-técnico Mozart. O time viveu uma sequência de nove jogos sem vitória e agora engatou a primeira sequência de duas vitórias seguidas. Brock destacou a positividade trazida por ele através do seu tamanho, reforçou a responsabilidade de todos para retornar a Série A e frisou que a capacidade de deixar o clima “mais leve” é um grande mérito do experiente comandante.
“Dispensa elogios ao Luxemburgo pela sua história como profissional e como pessoa. Mesmo com a positividade vindo dele, uma pessoa gigante com nome gigante, a pressão e a responsabilidade também veio. Ele cobra muito de nós, pois todos os jogadores tem que assumir a responsabilidade de retornar à Série A. O que ele conseguiu mostrar é que o clima tem que estar leve, futebol é assim. Se for na pressão e no clima pesado as coisas não andam. É muito mérito dele esse clima de hoje, os resultados também ajudam, mas principalmente a pessoa Luxemburgo, a tranquilidade pra jogar futebol que ele trouxe é mérito dele, da sua presença e o tamanho do seu nome no cenário nacional, até mesmo na hora de enfrentar os adversários, que sabem que aqui está havendo um crescimento, entendimento e tamanho do Cruzeiro, da onde o clube precisa chegar, que é lá na zona de classificação para Série A e nós estamos em busca disso”.
O jogador aproveitou para destacar a importância de ter uma semana livre de trabalho para o grupo aprimorar fundamentos e o técnico conseguir reproduzir no campo o que ele quer que seja aplicado nos jogos. Questionado sobre seu papel de liderança dentro do grupo, o zagueiro destacou a importância de cada jogador no elenco e assumiu a responsabilidade de ser um dos que gosta de se comunicar para resolver os problemas e ajudar na melhora do nível de atuação.
“(…) Me vejo como um desses caras mais velhos, mais experientes, um líder talvez sim, pois temos grandes jogadores como o Sobis, o Fábio, e isso temos sempre que respeitar, dar ouvidos a eles. O que estiver ao meu alcance sempre vou procurar fazer, dar meu máximo para que as coisas aconteçam da forma correta. E na parte defensiva conversando, tendo alguns ajustes, ajudando o companheiro. Escutando o Ramon, Léo Santos, Rhodolfo, o Joseph que atua também. Todos os zagueiros tem esse perfil, então acredito que juntando tudo isso podemos atingir o objetivo lá na frente, tendo a cabeça no lugar e a tranquilidade para trabalhar”.
O próximo jogo do Cruzeiro é contra o CRB no próximo domingo (29), às 16 horas, no estádio Rei Pelé, em Maceió. O time atualmente ocupa a 14ª posição com 24 pontos, vem de duas vitórias seguidas no Campeonato Brasileiro da Série B e busca subir na tabela para se afastar de vez da zona de rebaixamento.