Brock fala em vitória para “coroar” temporada e cita como o grupo enxerga o histórico recente diante do CSA

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FOTO: GUSTAVO ALEIXO / CRUZEIRO E.C.

O Cruzeiro, finalmente, se despedirá da Série B no próximo domingo (6), às 18h30, no Mineirão, em jogo que promete ser marcado por emoções. Não só pela entrega da taça à Raposa, campeã irretocável com 22 vitórias, melhor mandante e visitante, como também pelo adversário em questão. O CSA foi um clube marcante no rebaixamento, em 2019, após vencer o time celeste por 1 a 0 na 35ª rodada da Série A daquele ano, e posteriormente um áudio vazado onde o meia Thiago Neves cobrava salários atrasados ao então dirigente do clube, Zezé Perrella.

Tal situação fez com que, no ano passado, após vencer a Raposa por 1 a 0, no Independência, o clube alagoano provocasse a Raposa ainda dentro do gramado, após a marcação do seu gol, feito pelo atacante Iury.

O zagueiro Eduardo Brock participou de entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira e ao ser questionado sobre esse episódio, ainda que o atual elenco não tenha participado dos episódios, fez questão de destacar que o envolvimento de cada atleta com o clube e a torcida gera a compreensão do sentimento que envolve a partida:

“Da forma que está tendo uma união entre torcida e atletas dentro do Mineirão, tudo que eles sentem também conseguimos sentir. Todos os jogadores que estão aqui se identificam muito com o clube, então tem muita responsabilidade e entende tudo que nesse assunto já foi falado. A principal importância é do Cruzeiro fazer um grande jogo pra coroar todo trabalho que foi feito no ano, todos os bons jogos que fizemos no Mineirão, pra dar esse presente pra torcida, de erguer o troféu com uma vitória, com todos pulando e celebrando.

Contudo, o zagueiro destacou que a principal motivação estará na energia que pulsará das arquibancadas, lembrando do jogo do acesso, diante do Vasco, e promete muita luta por parte do time para fazer o resultado e a importância da partida:

Domingo o Mineirão estará pulsando como sempre pulsou, principalmente como naquele jogo contra o Vasco (do acesso) com 60 mil torcedores nos apoiando. Pode ter certeza que o Cruzeiro vai entrar como entrou em toda competição. Lutando muito, propondo, tentando fazer o resultado, mantendo os resultados positivos dentro do Mineirão. Temos que lidar com a razão e não com a emoção, mas sempre entendendo tudo que acontece no lado externo e da importância que o jogos tem para as duas equipes.

O defensor também falou sobre como vem sendo visto a questão da montagem do elenco para o ano que vem, sabendo que saídas ocorrerão. Brock trata o assunto como natural dentro do futebol e salienta que independentemente do futuro, o grupo está tranquilo para fazer um grande jogo e coroar o trabalho feito ao longo do ano:

Sempre foi tratado de uma maneira muito franca essa questão (permanências e saídas). É algo natural que acontece com o futebol, não é único e eclusivamente do Cruzeiro, e sim todas as equipes passam por essa troca. O que a gente procura é viver o que conquistamos, então temos mais um passo que é domingo e temos que continuar sempre buscando o aperfeiçoamento. Cada jogador que vai entrar em campo vai dar a vida pra conseguir a vitória pelo Cruzeiro. Independente de qual o futuro seja, é natural acontecer essas trocas e estamos bem tranquilo para fazer esse grande jogo e coroar o trabalho que foi feito durante todo ano.”

“Pode ter parecido em alguns momentos que a Série B foi fácil, porque tornamos ela com o resultado talvez olhando de fora fácil, porém ela é muito difícil. Mostra como os outros clubes estão sofrendo, mérito nosso. Hoje temos que coroar isso, todo esse trabalho que foi feito de todas que trabalham dentro do Cruzeiro.”

O zagueiro também comentou sobre seu momento no clube. Garantindo para o próximo ano, já que havia uma cláusula de renovação automática no seu contrato em caso de acesso, o zagueiro não procurou falar sobre titularidade, mas destacou o processo de evolução que atravessou após a chegada do técnico Paulo Pezzolano:

“Me enxergo como uma possibilidade de grande evolução. Sou um jogador que procuro sempre trabalhar e muito, fazer o que o treinador está pedindo. Nesse ano fui um jogador que evoluiu bastante com o trabalho do Paulo e com uma sequência posso evoluir muito mais. Se vou jogar ou não vou, é uma questão pra se conversar com o Paulo, ainda é muito cedo pra falar isso. Vou me dedicar muito sempre para desempenhar o melhor possível e estar ajudando o Cruzeiro, os companheiros e o treinador também. É isso que vejo pro futuro, sempre procurar uma evolução.”

Rival em crise

Enquanto o Cruzeiro fará o jogo visando apenas o recebimento da taça de campeão, o CSA entra para fazer “o jogo da vida”. Assim foi a definição feita pelo seu técnico, Adriano Rodrigues. Em 16º na tabela, com 42 pontos, o CSA luta contra o rebaixamento à Série C. O primeiro time dentro da zona de rebaixamento é o Novorizontino, com 41. Os alagoanos até podem perder para o Cruzeiro, desde que o Novorizontino não vença o Operário, já rebaixado, em Ponta Grossa, no Paraná.

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