BUROCRACIA E INCOMPETÊNCIA

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O Cruzeiro saiu derrotado – mais uma vez – pelo São Paulo dentro do Mineirão. A vitória tricolor por 2×0 ratifica a fama de carrasco contra o Maior de Minas em jogos pelo Brasileirão. O jogo pode ser resumido em incompetência e burocracia. Os comandados de Mano Menezes criaram, mas pecaram na péssima conclusão. Além disso, a troca excessiva de passes sem objetivo evidencia que algumas mudanças precisam acontecer. Com o revés, a Raposa caiu para 8ª colocação do Brasileiro. Vamos ao jogo.

Dando sequência ao rodízio, Robinho e Thiago Neves foram poupados, com Mancuello e Rafinha entrando em seus lugares. A ideia era utilizar o argentino na função do camisa 30 e, novamente, foi uma partida abaixo da crítica. Mancuello até começou bem nos primeiros 10 minutos e só. Não conseguiu dar dinâmica, criar oportunidades ou levar perigo ao adversário.

Mancuello iniciou a partida centralizado, mas novamente fez um péssimo jogo.

Ariel Cabral e Henrique formaram a dupla de volantes e não conseguiram neutralizar a transição ofensiva do São Paulo, principal característica desta equipe de Diego Aguirre. Aos 26 do primeiro tempo, a bola sobrou pela direita com Reinaldo, tendo Cabral na sua cola. O argentino não conseguiu desarmar o adversário e ele inverteu a bola para o Everton explorar às costas do Edílson, invadir a área e cruzar para Diego Souza marcar. O gol foi uma aula de contra-ataque, mas evidenciou a dificuldade do Cruzeiro em matar a jogada. O primeiro tempo celeste foi lento e de muitos erros, principalmente de passes. O aproveitamento de 79% evidencia tal situação.

São Paulo marcava forte a partir do seu campo e para o Cruzeiro tinha uma enorme dificuldade para furar o bloqueio, principalmente por não ter um jogador dando opção por dentro.

Mano voltou do intervalo com David no lugar de Rafinha, uma alteração que foi difícil de compreender, já que o mais indicado para sair era Mancuello, mas o treinador optou pelo pragmatismo de trocar seis por meia dúzia. Sem resultados, Raniel entrou aos 13′ no lugar de Mancuello para atuar pela direita, com David na esquerda e Arrascaeta centralizado. O time teve uma leve melhora, só que a incompetência do Cruzeiro para marcar gols pesou. Arrascaeta teve duas grandes oportunidades na pequena área e desperdiçou. Aos 28′, Anderson Martins cometeu pênalti no uruguaio e Hernán Barcos mandou a bola no travessão. Como a bola pune, 5 minutos depois, em novo contra-ataque, Reinaldo assistiu Éverton, que matou o jogo.  O São Paulo foi objetivo e soube se defender, deu a bola para o Cruzeiro – que trocou mais de 500 passes – e não conseguiu definir suas oportunidades.

Um sinal de alerta deve ser ligado na Toca da Raposa. Foram cinco jogos após a Copa do Mundo, com 2 vitórias, 2 empates e 1 derrota. Em todas às partidas a equipe sofreu gols (foram sete) e saiu atrás do placar em quatro oportunidades. O desempenho segue irregular e os jogos decisivos estão se aproximando. Na quarta-feira, o adversário será o Santos, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Mano Menezes precisa ser coerente e escalar sua equipe de acordo com a meritocracia. Aos jogadores, mais capricho no momento da finalização, não podemos seguir desperdiçando tantas oportunidades.

https://www.youtube.com/watch?v=ldpujXZGYTk

Os gols da partida

Saudações celestes

Foto de Capa: Vinnicius Silva/ Cruzeiro E.C.

#MeDibre

 

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