FOTO: ISABELLY MORAIS/VAVEL BRASIL
O presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá e o vice-presidente de futebol, Itair Machado, convocaram a imprensa para falar sobre o momento do clube e das contas após a matéria veiculada no Fantástico, no último domingo. No final das contas, eles fizeram uma “esclaração”. No caso, não sabemos o que é isso, mas vimos uma coletiva que falava, de forma nada eficaz e transparente sobre o momento conturbado e atual do Cruzeiro.
Com tudo o que foi dito, ficou a curiosidade, para não falar outra coisa, sobre a quantidade de vezes que o primeiro vice-presidente remunerado usou a expressão “dupra tepretação (sic)” para esclarecer os contratos que essa diretoria anda fazendo de forma suspeita – tão suspeita que chegou a abrir inquérito na Polícia Civil – pros lados da Toca.
Agora, se esses contratos geraram dúvidas até nos próprios dirigentes, imaginem nos demais?! Pior! Tantos duplos sentidos só me resta perguntar se existe e qual a real eficácia do departamento jurídico no clube.
Advogado com um excepcional salário no cargo nós sabemos que tem, no caso Fabiano de Oliveira Costa – que cabe ressaltar, é também advogado pessoal do VP de futebol Itair Machado – mas… é inadmissível que um time do tamanho do Cruzeiro seja exposto e tenha sua imagem profanada por tantos contratos dúbios. Ou melhor, de “dupra tepretação (sic)”.
E o pior é saber que esses duplos sentidos podem custar sanções terríveis a instituição, das mais variadas, que vão até as esportivas (perda de pontos, rebaixamento) até as administrativas (anos sem poder contratar ou negociar jogadores). Aliás, já custaram, mancharam em rede nacional uma história de luta e superação, por conta de desmandos que há tempos vinham sendo expostos por aqui.
Enfim, em toda essa história, a única coisa que essa administração faz questão de deixar bem evidente, que não tem “dupra tepretação (sic)” é a quantidade de ilegalidades e imoralidades que cometeram e que parecem não ter vergonha de continuar cometendo.