
FOTO: REPRODUÇÃO / CBF / VAR
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou na tarde desta segunda-feira (17) o áudio do árbitro de vídeo (VAR) no momento em que o árbitro Anderson Daronco anulou o segundo gol do Corinthians por uma possível falta do zagueiro Gil no volante Filipe Machado e foi recomendado a revisar sua decisão.
O áudio mostra que a bola já estava em jogo quando o lance aconteceu. Na cobrança de escanteio a favor do Corinthians, enquanto a bola vai em direção à área defendida pelo Cruzeiro,Gil encosta as duas mãos no peito de Machado e o volante vai ao chão. O zagueiro alvinegro sobe e efetua a cabeçada, defendida por Rafael Cabral. No rebote, o Corinthians faz o 2º gol da partida.
Na análise do VAR, “ele se joga”, referindo-se ao volante do Cruzeiro no momento em que há o contato com Gil. Ainda de acordo com o VAR, o zagueiro do Corinthians “não fez o movimento, ele só foi se afastando”. Na sequência, o árbitro de vídeo chama o árbitro Anderson Daronco para rever o lance na cabine.
“Te recomendo um on field review, ok? Não houve a falta, jogador do Cruzeiro simulou o empurrão.”
Ao chegar na cabine e rever o lance, Daronco recebe as instruções do VAR:
“Tá vendo? Ele se joga. Se precisar, tem outros ângulos. Ele não faz o movimento de empurrar. O azul se joga.”
Com a análise do vídeo, Daronco revê sua decisão, tomada em campo e determina que Gil estaria só “delimitando o espaço”.
Após o fim da partida, questionado sobre o lance, Filipe Machado disse que foi informado pela arbitragem de que o empurrão de fato teria acontecido, mas que o lance ainda não estaria valendo por conta da bola não estar em jogo – o que foi refutado pelo próprio VAR.
Lance com Fagner não foi divulgado
Outro lance que gerou polêmica foi a cotovelada do lateral direito Fagner no atacante Bruno Rodrigues. Ao final da primeira etapa, Bruno Rodrigues foi acionado na ponta esquerda do ataque celeste e ficou frente a frente com o marcador do Corinthians. Ao tentar um drible, Fagner acabou acertando o cotovelo no pescoço do atacante celeste.
Não houve qualquer tipo de penalidade para o defensor corintiano, o que gerou revolta de muitos torcedores nas redes sociais. O lance repercutiu em programas esportivos e diversos especialistas de arbitragem dizem que o lance deveria ser para cartão vermelho, por se tratar de uma agressão.
Nenhum áudio do VAR sobre esse lance foi divulgado pela CBF.