
FOTO: VINNICIUS SILVA / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
Claro que o ritmo de jogo, sem dúvida nenhuma, ainda falta, até porque teve alguns jogos agora, e eu acabei não sendo utilizado por preferência do Rogério, e eu achava importante dar uma rodagem para eu chegar no jogo decisivo um pouco melhor (…)
Edílson deu essa declaração ao Globoesporte e você pode conferir toda a matéria clicando aqui. O lateral comenta sobre a falta de ritmo e como gostaria de ter tido uma rodagem maior para chegar inteiro ao confronto decisivo da próxima quarta-feira. O problema é que essa falta de espaço aconteceu, também, por culpa do próprio Edílson. Vamos relembrar, o duelo contra o Avaí marcara o segundo jogo do veterano lateral à lista de relacionados e ocorreu no domingo que o técnico Rogério Ceni foi anunciado. Sob o comando de Ricardo Resende, o lateral acabou entrando no segundo tempo após Orejuela sentir um problema físico e foi expulso com apenas 34 minutos em campo após tomar dois amarelos.
Sendo assim, ficou automaticamente indisponível para o duelo contra o Santos que marcava a estreia de Ceni à frente do clube. Ao entrar em campo contra o CSA (segundo jogo de Rogério Ceni a frente do Cruzeiro) acabou falhando ao cabecear uma bola pro meio da área, ocasionando no gol de empate nos minutos finais de jogo. Além disso, Edílson esteve ausente por mais de dois meses devido a um estiramento na panturrilha direita. A lesão aconteceu durante o aquecimento da partida contra a Chapecoense, em 26 de maio. O jogador voltou ser relacionado apenas no primeiro confronto das semifinais da Copa do Brasil contra o Internacional, ocasião que ficou no banco durante os 90 minutos.
Durante esse tempo parado, vimos o colombiano Orejuela assumir a posição com partidas consistentes e regulares, tornando-se jogador de confiança do técnico Rogério Ceni pela sua potência física e intensidade nas fases do jogo. Edílson já possui uma característica diferente. Fisicamente não entrega a mesma vitalidade do colombiano, mas tem experiência para pegar atalhos no campo e boa técnica para bater na bola, podendo ser importante nas subidas – ocasionais – ao ataque. Porém, seu principal problema, mesmo com tanta bagagem, é a indisciplina. Presente em 20 dos 46 jogos do Cruzeiro na temporada, representando apenas 43% de assiduidade, soma 7 cartões amarelos e 1 vermelho direto, justamente contra o Internacional, no Beira-Rio, pela 4ª rodada do Brasileiro. Média preocupante de 1 cartão a cada 3 jogos. Se olharmos à fundo, Edílson também foi expulso no primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil do ano passado, contra o Palmeiras.
Apesar de toda desconfiança e problemas como falta de ritmo, Edílson terá a chance de dar a volta por cima. Com Orejuela convocado para defender a seleção colombiana e o garoto Weverton de fora devido a um edema na coxa, caberá ao experiente lateral entrar em campo e ser aquele Edílson das finais do Mineiro, onde foi extremamente importante com assistência para gol ou até mesmo aquele das finais da Copa do Brasil, quando jogou de forma segura e consistente. É hora de justificar toda confiança depositada em seu futebol e deixar as polêmicas de lado. O torcedor cobra, mas também sabe reconhecer quando o atleta entrega tudo dentro de campo.
#MeDibre