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Choque de realidade e apatia: Cruzeiro sai na frente, mas cede empate a CRB 

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FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.

Na noite desta segunda-feira (7) o Cruzeiro empatou com o CRB em 1 a 1, jogo válido pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro da série B. Com esse empate, o Cruzeiro chegou aos 5 pontos na tabela e amarga a 16ª posição, na briga contra o Z4. O time chega a 6 partidas sem vitórias: são três derrotas e dois empates pela série B e mais um empate pela Copa do Brasil.

O adversário não era desconhecido: o CRB de Alagoas, comandado pelo técnico Marcelo Cabo, adversário que a Raposa já enfrentou por duas vezes esse ano e que acabou por eliminar o time na terceira fase da Copa do Brasil. Em fases distintas, o jogo era considerado decisivo por ambas as equipes, com o Cruzeiro precisando aliviar sua situação no campeonato e o CRB brigando por um lugar no G4.

O primeiro tempo mostrou que um Cruzeiro disposto a vencer e fazer valer o fator casa. Em termos de desempenho, o primeiro tempo não foi dos piores e o time comandado por Enderson Moreira dominou a partida. Em cobrança de escanteio batido pelo volante Felipe Machado, Marcelo Moreno marcou de cabeça. Nesse momento, a Raposa dava sinais de que poderia ter um jogo sem complicações, mas os problemas de criação e finalização continuaram e o jogo foi assim pro intervalo.

Já no segundo tempo, a Raposa voltou em ritmo mais lento e a ineficiência ofensiva fez o CRB começar a ter mais oportunidades. Sem lances de real perigo, bastou um vacilo da defesa, numa troca de passes errada entre Felipe Machado – que até então vinha sendo um dos melhores e mais consistentes do time celeste – e Ariel Cabral para que o artilheiro da série B, Léo Gamalho, conseguisse a oportunidade que todo centroavante quer. 1 a 1 e uma apatia generalizada.

O Cruzeiro não soube lidar com o gol sofrido aos 39’ do 2º tempo e não teve pernas para reagir. O técnico Enderson novamente viu seu time se encolher durante o segundo tempo, mesmo antes de levar o gol. Não houve qualquer chance de buscar a vitória e a Raposa segue vivendo o pior momento de sua história.

De positivo, mais uma boa partida dos laterais, Cáceres e Matheus, ambos se mostram regulares e opções confiáveis para a série B. De negativo, todo o resto. Passando pela ineficiência dos volantes, a falta de confiança da zaga, a falta de criatividade dos meias e a péssima pontaria do ataque – tudo isso de responsabilidade do técnico Enderson Moreira e sua comissão técnica, além, é claro, da diretoria de futebol.

Os problemas do Cruzeiro vão além do campo. Não é só o técnico, embora ele tenha culpa. Não é só o elenco, embora ele seja limitado tecnicamente e talvez não tenha as características necessárias para uma competição tão diferente e peculiar como a série B do Campeonato Brasileiro. O sinal vermelho e a sirene já estão ligados no máximo. É necessário que alguma atitude drástica seja tomada.