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Cruzeiro

Com contratação de Larcamón, Cruzeiro terá 6º treinador estrangeiro da sua história

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A diretoria do Cruzeiro vinha agindo no mercado desde o encerramento do Campeonato Brasileiro em busca de um novo comandante. Após tratativas que não avançaram com Gabriel Milito e Fernando Gago, o escolhido foi outro argentino: Nicolás Larcamón, de 39 anos, que deixou o León do México após a disputa do Mundial de Clubes e foi anunciado pela Raposa no início da semana. A SAF de Ronaldo Fenômeno segue buscando sair do senso comum no mercado de técnicos e aposta no terceiro estrangeiro sob sua gestão, iniciada em janeiro de 2022.

O técnico de 39 anos está comprometido com o clube celeste até dezembro de 2025, marcando apenas o segundo argentino na história da Raposa. O argentino será o sexto técnico estrangeiro da história celeste e apenas o segundo argentino a frente da Instituição, algo que não acontecia desde a década de 70.

Larcamón terá seu primeiro desafio no Brasil. Anteriormente, o treinador trabalhou na Venezuela, Chile e México, onde obteve resultados mais relevantes, como a conquista da Liga dos Campeões da Concacaf pelo León. No Cruzeiro, o treinador terá em disputa o Campeonato Mineiro, a Copa do Brasil desde a 1ª fase, a Sul-Americana e o Campeonato Brasileiro.

Histórico geral

O primeiro técnico estrangeiro da história do Cruzeiro foi um uruguaio chamado Ricardo Díez. Díez teve uma carreira notável no comando do Atlético Mineiro durante os anos 50, alcançando conquistas consideráveis, incluindo um título do Campeonato Mineiro. No entanto, ao mudar-se para o Cruzeiro, não conseguiu replicar o mesmo sucesso que havia desfrutado no maior rival. Sua passagem pelo Cruzeiro foi breve, dirigindo a equipe em apenas 12 jogos durante o ano de 1953.

O primeiro argentino a comandar o Cruzeiro foi Filpo Núñez, uma figura excêntrica que rapidamente se tornou uma lenda no futebol, apesar de seu curto período no clube. Vindo da Argentina com vasta experiência em diversos países sul-americanos, Filpo chegou ao Cruzeiro com ideias revolucionárias para o jogo. Emm 1955, o Cruzeiro enfrentava turbulências financeiras, direcionando grande parte de sua receita para a construção de sua sede social. Isso resultou em dificuldades para contratar talentos ou investir em técnicos de renome.

Filpo Núñez teve duas passagens pelo Cruzeiro, em 1955 e 1970, e foi o segundo técnico estrangeiro que mais vezes comandou a Raposa. Em sua primeira passagem, ele dirigiu a equipe em 17 jogos, obtendo 7 vitórias, 7 derrotas e 3 empates. Na segunda passagem, em 1970, foram 12 jogos, resultando em 4 vitórias, 4 derrotas e 4 empates. Ao todo, Núñez acumulou 29 jogos no comando da equipe.

Outro estrangeiro que também teve uma passagem curta pela Toca da Raposa foi o português Paulo Bento. Contratado em 2016, Paulo Bento chegou com o currículo de já ter passado pela Seleção de Portugal e trouxe ideias novas. Apesar de agradar o torcedor com o seu estilo de jogo, a falta de resultados encurtaram a passagem do treinador por Belo Horizonte. Paulo Bento comandou o Cruzeiro em 17 jogos, com 6 vitórias, 3 empates e 8 derrotas.

O uruguaio Paulo Pezzolano, primeiro técnico da gestão Ronaldo, superou Filpo Núñez e se tornou o técnico estrangeiro com mais jogos a frente do Cruzeiro. “Papa” comandou a equipe em 68 jogos, com 38 vitórias, 13 empates e 17 derrotas, um aproveitamento de 62,2% entre 2022 e 2023, conquistando o título da Série B em 22 e o vice do Campeonato Mineiro. Deixou o clube após o Mineiro do ano passado.

Para o lugar do uruguaio, o Cruzeiro trouxe o português Pepa. O treinador comandou o Cruzeiro em 25 partidas, e apesar de um bom desempenho da sua equipe e um início de Campeonato promissor, as vitórias foram minguando e o comandante não resistiu a uma série de partidas sem vencer no Brasileiro e acabou demitido, dando lugar a Zé Ricardo. Foram sete vitórias, oito empates e dez derrotas durante sua passagem, com um aproveitamento de 38%.