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O Cruzeiro foi ao Maracanã pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil e enfrentou muitas dificuldades contra o Fluminense, que evidenciaram as diferenças técnicas e de investimento entre dois times que vivem momentos distintos. Enquanto o tricolor está em sexto na Série A, a Raposa lidera a Série B e busca retornar à elite após dois anos difíceis.
A equipe comandada por Fernando Diniz venceu por 2 a 1, com gols de Manoel e German Cano, enquanto Lucas Oliveira marcou para o Cruzeiro. O time celeste ainda jogou com um a menos desde os 38′ do primeiro tempo após expulsão de Geovane Jesus devido a falta dura em Nonato.
O jogo
Pezzolano fez mudanças estruturais na equipe que iniciou o jogo. Sem Neto Moura, impedido de jogar a Copa do Brasil por já ter defendido o Mirassol-SP, Machado entrou em seu lugar. No ataque, o treinador optou por Rodolfo ao lado de Edu. O início não foi bom e o Cruzeiro sofreu muito para ter a bola e frear o ímpeto do Fluminense, que dominava as ações e explorava principalmente o lado direito celeste com Jhon Arias e Caio Paulista.
Logo aos 17′, Cano balançou as redes após rápido contra-ataque do Fluminense, mas o gol acabou anulado pelo VAR devido a impedimento de Luiz Henrique na origem da jogada. Nervoso em campo, o Cruzeiro errou muitos passes na primeira etapa, com aproveitamento ruim de 64%. O Fluminense aproveitava essa instabilidade para dominar as ações. Aos 38′, Geovane foi expulso após entrar duro em Nonato no centro de campo. Aos 45′, Ganso recebeu livre pela esquerda celeste e teve tempo para cruzar para Manoel, dentro da pequena área, ativar a “lei do ex” e abrir o placar. 1 a 0.
Aos 51′, quando tudo indicava um Fluminense indo para o intervalo com vantagem no placar, Zé Ivaldo arriscou do meio-campo e Fábio cedeu escanteio. Na cobrança, Machado colocou na cabeça de Lucas Oliveira, que empatou a partida. 1 a 1. Vale ressaltar que o Cruzeiro reclamou bastante de decisões questionáveis do árbitro André Luiz de Freitas Castro. Primeiro por não ter dado vantagem em lance que Edu chegaria na cara do gol, aos 11′, e aos 46′, quando o goleiro pegou a bola com a mão fora da área e nada foi marcado.
Com um a mais, o Fluminense voltou para o segundo tempo com o mesmo ímpeto ofensivo e entrincheirava o Cruzeiro dentro da sua defesa, algo que o time não está acostumado a fazer. Aos 10′, Arias chegou à linha de fundo pela direita do ataque e cruzou na medida para Cano, que aproveitou a inexperiência e falta de ritmo do garoto Pedrão, que havia acabado de entrar, para subir livre de marcação e bater o zagueiro que ficou perdido no lance. 2 a 1.
Sem opção de velocidade e com muita dificuldade de acertar passes para encaixar um bom contra-ataque, o Cruzeiro apenas se defendia e ainda sofria quando oferecia campo ao Fluminense na tentativa de buscar o gol de empate. André acertou o travessão de Rafael Cabral aos 23′, enquanto o goleiro ainda fez boas defesas ao longo da segunda etapa.
A melhor chance da Raposa na etapa final aconteceu aos 44′, com Vitor Leque. Edu recebeu lançamento, dominou e ajeitou para o atacante, que teve tempo de ajeitar o corpo, mas acabou finalizando por cima da meta de Fábio. Pelo que foi o jogo, o placar de 2 a 1 ficou barato e deixa o Cruzeiro vivo para o jogo da volta.
Como fica
Agora, o Cruzeiro vira sua chave e volta suas atenções para a Série B. O time não jogará a 14ª rodada contra o Ituano por estar na Copa do Brasil, com o jogo sendo remarcado para 5 de julho (terça-feira), em Itu. O time agora volta suas atenções para o Sport, pela 15ª rodada, em jogo marcado para o Mineirão na próxima terça-feira (28/6), às 21h30.
O jogo da volta com o Fluminense está marcado para 12 de julho (terça-feira), às 21h, no Mineirão. Para avançar, o time precisa ganhar por dois ou mais gols de diferença. Vitória por um gol levará a disputa para os pênaltis e empate classifica o Fluminense. Gol fora não é mais critério de desempate no torneio.