
O Cruzeiro divulgou hoje (29) em seu site oficial a criação da “Comissão de Ética e Disciplina”, formada por um grupo de conselheiros natos e beneméritos. A criação desta comissão está estipulada no próprio estatuto do clube, precisamente no artigo 11, §9º, que diz:
A comissão será composta por Gustavo Gatti, Antônio Carlos Santana, Paulo Sávio Cunha Guimarães, Valter Batista Teixeira e Celso Luiz Chimbida.
Nossa reportagem entrou em contato com um dos integrantes que compõe a Comissão, o conselheiro Gustavo Gatti, que disse como funciona na prática: “a comissão precisa ser provocada. Conselheiros e associados podem solicitar, por exemplo, a suspensão de um presidente por gestão temerária. É pra moralizar o clube. Até mesmo procurar saber quem andou fazendo ‘perseguições’ dentro do clube”.
A criação da comissão se dá em momento chave dos bastidores políticos do Cruzeiro. Isso tudo porque ainda há uma movimentação do grupo de conselheiros chamados de “família União” para tentar retornar ao clube nas próximas eleições presidenciais. O grupo que segue realizando reuniões nos clubes sociais é também o responsável por apoiar e eleger o presidente Wagner Pires de Sá além de protagonizar o movimento que assinou um documento pedindo o retorno de Itair Machado ao Cruzeiro – na época o ex-dirigente estava afastado judicialmente.
O que se espera com a implementação da comissão é que a partir de agora aconteçam punições dentro da esfera interna do clube, podendo ocorrer suspensões de conselheiros envolvidos em possíveis desmandos e ou investigados pela polícia e ministério público, expulsão de conselheiros que notadamente burlaram ou desrespeitaram o estatuto com cargos remunerados, impedimento de candidaturas fraudulentas entre outros.
O próprio jurídico do Cruzeiro já trabalha nos documentos, fazendo todo o levantamento do que pode ser, ou não, considerado irregular. Assim que a apreciação for feita pela Comissão, caberá a mesma definir as possíveis punições.