
FOTO: VINNICIUS SILVA / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
Além de pedir o afastamento imediato do presidente do Cruzeiro e seus vices, conforme estipulado no edital de convocação do conselho deliberativo que nós publicamos hoje, o grupo político que, hoje, busca esse afastamento, também estipulou a criação do comitê gestor para buscar administrar e tirar o clube dessa situação.
Na teoria, o comitê gestor seria composto por 5 membros do conselho a serem escolhidos no mesmo dia, com o intuito de gerir as contas do clube e colocar ordem nas questões econômicas e financeiras que assolam o Cruzeiro – como atrasos de salários – e administrativas, buscando desaparelhar o clube e trazer mais transparência para a gestão, não só mas incluindo também o futebol.
Esse mesmo comitê teria o suporte de um “conselho consultivo”, formado por conselheiros e figuras de renome no mercado, assumidamente cruzeirenses, que estariam numa posição importante para pensar e definir métodos e estratégias a serem aplicadas pelo comitê gestor, com total transparência. Essas diretrizes traçadas pelo conselho consultivo visam fortalecer a marca do clube, trazer o bom nome do Cruzeiro de volta ao mercado e demais ações para reestruturar o clube.
Todo o planejamento para a aplicação do comitê gestor e do conselho consultivo já está preparado e no caso de afastamento da diretoria, seria aplicado logo no primeiro dia de vigência. Seria uma mudança drástica da forma como as coisas são administradas no Barro Preto.
Entretanto, o que pra muitos é visto como a salvação para o Cruzeiro, para o vice-presidente de futebol, Itair Machado, é motivo de preocupação. Ao saber do edital da convocação, Itair Machado, conforme matéria publicada no jornal Hoje em Dia pelo jornalista Guilherme Piu (clique aqui) tentou buscar apoio para pedir que a reunião não aconteça.
O que pudemos apurar, é que o mesmo procurou por conselheiros e foi, inclusive, atrás do presidente do conselho deliberativo, Zezé Perrella, alegando que isso seria um dos motivos que levaria o Cruzeiro ao descenso. Disse até que para se destituir um presidente, seria preciso de mais do que metade simples de votos – não se atentando ao fato de que o pedido é por afastamento e não destituição. Inclusive, uma das sugestões do Itair seria de que ele poderia, sozinho, assumir o clube além do futebol.
Ao que tudo indica, o jurídico celeste – que se confunde com o jurídico particular de Itair Machado em diversas ações – tentará entrar com liminar barrando que a reunião convocada aconteça. O Cruzeiro ficou de divulgar nota oficial até o fim desta quarta-feira, ainda não publicada até o momento de fechamento dessa matéria.