Como vem o Boca Juniors? Torcedor local fala sobre expectativas de duelo contra o Cruzeiro

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O Cruzeiro terá hoje um grande duelo contra um velho conhecido sul-americano: O Boca Juniors. A Raposa busca, nessas oitavas de final da Sul-Americana, “dar o troco” nos encontros recentes das equipes nas últimas duas décadas. Os Xeneizes eliminaram o Cruzeiro nas oitavas de final da Libertadores de 2008 e nas quartas de 2018.

Torcedor fanático da equipe, o produtor Matías Castellano traz uma análise detalhada sobre o atual momento da equipe, abordando a temporada de 2024, suas recentes mudanças e as expectativas para um confronto decisivo contra o Cruzeiro na Sul-Americana.

Após uma campanha frustrante em 2023, que incluiu a perda da final da Libertadores e a saída do técnico Almirón, o Boca apostou em Diego Martínez, um treinador promissor com histórico na base do clube. A equipe passou por algumas dificuldades como a venda de jogadores-chave e o impacto disso no seu desempenho. Confira abaixo:

Por Matias Castellano, torcedor do Boca.

BOCA, HOJE:


Terminamos 2023 perdendo a final da Libertadores na prorrogação contra o Fluminense. O Boca, que havia focado na Copa, ficou de fora dos classificados para a Libertadores 2024 e demitiu o técnico Almirón (hoje no Colo-Colo).

Este ano contratou Diego Martínez como técnico, um jovem treinador que fez boas campanhas no Huracán e Tigre. Anteriormente, ele havia treinado a base do Boca, o que foi uma grande vantagem, levando-o a desenvolver e vender várias joias para o mercado europeu e árabe.

No primeiro semestre o Boca mostrou uma melhora em termos de jogo coletivo em relação ao time vice-campeão da Libertadores 2023. Chegou à semifinal do campeonato e perdeu nos pênaltis contra o Estudiantes.

Começou a Copa América e logo depois as Olimpíadas. Perdemos quatro titulares, ausentes por quase um mês

O melhor do time, camisa 5 “Equi” Fernández foi vendido após o jogo contra a França nas Olimpíadas e nem voltou para Buenos Aires. Além disso, um dos melhores zagueiros argentinos, Anselmino, de 19 anos, foi comprado pelo Chelsea essa semana. Também não estará disponível para este jogo. Esses dois jogadores, mais o Valentín Barco, lateral-esquerdo destaque na Libertadores 2023 (vendido ao Brighton), estão fazendo muita falta no time.

Nessa janela o Boca fez algumas contratações que chegaram nas últimas duas semanas, mas com tão pouco tempo de trabalho ainda não dá para tirar conclusões:

A nossa torcida reclama para o Riquelme (presidente) com razão, pois vendeu muitos jogadores por valores altos e não trouxe nenhuma reposição que realmente pudesse chegar e fazer a diferença no combalido mercado argentino.

Resumindo: Em termos de jogo, o Boca ainda está devendo. Porém, hoje é um time melhor treinado que o Boca do ano passado, que conseguiu eliminar o Palmeiras na semifinal com um jogador a menos e quase levou a final para os pênaltis em um Maracanã com 90% de torcedores tricolores.

Como enxergamos um mata-mata contra o Cruzeiro:

Acompanho muito o futebol brasileiro desde que comecei a assistir futebol. Sempre achei que o Cruzeiro é muito mais respeitado e temido aqui (Argentina) do que aí, não sei o motivo, talvez por não ser um time do RJ-SP.

Em 2018, antes do mata-mata da Libertadores, dizia que seria “uma guerra”. E foi. O Cruzeiro é muito copeiro, mas está devendo aquele grande título neste século. A Sul-Americana 2024 seria um grande recomeço para afirmar a reestruturação total do time após a queda para a Série B.

Jogador por jogador, considero o Cruzeiro um elenco com melhor momento: Cássio, na Argentina é considerado um goleiro histórico e de “jogo grande”, o camisa 10 Matheus Pereira e outros grandes nomes como Álvaro Barreal, Lucas Villalba e William.

Do outro lado, o Boca tem um elenco com muita experiência, como Cavani, Marcos Rojo, Sergio Romero, Pol Fernández, entre outros.

O Boca sabe que provavelmente quem vencer esse mata-mata será finalista. Também sabe que, se perder para o Cabuloso e com a campanha mediana no Argentino, pode ser o fim de Diego Martínez como técnico Xeneize.

Do outro lado, nosso maior rival, o River Plate, com a volta do Gallardo, provavelmente garantirá uma final no Monumental este ano. O Boca está em grande desvantagem e a tarefa não será nada fácil pois pegou, provavelmente, o pior oponente possível do chaveamento.

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