A noite de sábado (6) não foi boa para o torcedor celeste. Mas foi pior ainda para o conselheiro efetivo do Cruzeiro Allyson Caires, que após o empate em 1 a 1 para o Internacional, foi até o microfone do repórter Thiago Reis (rádio Itatiaia) para comentar sobre a situação atual do clube. Enquanto mostrava descontentamento e levantava questões sobre a situação nos bastidores – mesmo sendo um conselheiro que nunca fez oposição durante o mandato de Wagner Pires de Sá – em determinado momento da entrevista foi empurrado pelo funcionário do Cruzeiro Alexandre Comoretto, conhecido como Gaúcho. Houve um princípio de confusão, iniciado por parte do funcionário, mas que foi contido graças aos demais presentes.
Allyson foi procurado pela reportagem do DMD para comentar sobre o assunto e afirmou: “o que fizeram hoje demonstra que existem pessoas que se apoderaram do Cruzeiro, e isso, enquanto eu for conselheiro, for associado, estiver vivo, vou combater”.
Sobre a confusão, o conselheiro diz que “estava dando entrevista para o Thiago Reis, antes mesmo de começar, o Gaúcho (Alexandre Comoretto) já se aproximou e ficou me ouvindo, me encarando. Estava ele e alguns seguranças do clube. A medida que eu falava, ele se exaltava. E tentou avançar pra cima de mim. Pessoas em volta, inclusive meu irmão, que me protegeram da tentativa de agressão. Ele realmente tentou me agredir, se não fossem essas pessoas, talvez o pior tivesse acontecido.”
Não é a primeira vez que Gaúcho ganha destaque nos bastidores do Cruzeiro. O funcionário que é responsável pelo time de bocha, também foi denunciado por um associado do clube que flagrou o mesmo distribuindo diversos ingressos na sede campestre. Outro episódio envolvendo Gaúcho foi quando a esposa do presidente Wagner Pires de Sá tomou documentos da secretaria do conselho deliberativo e expulsou uma funcionária do clube, que chegou a registrar o B.O. do ocorrido.
Questionado sobre seu posicionamento político nos bastidores celestes, Allyson Caires diz que apoio o candidato Sérgio Santos Rodrigues no pleito de 2017, mas que após a derrota, se uniu à situação por acreditar que a disputa acabaria ali. O mesmo reitera, inclusive, que assinou documento que pedia o retorno de Itair Machado ao Cruzeiro “por não concordar com os meios”, nas palavras do mesmo “existiam meios estatutários, como o que está sendo feito agora pelo Zezé Perrella, para fazer este tipo afastamento”. Na época, o conselheiro diz que foi muito xingado pelos torcedores, mas que compreendia a situação e que caberia a ele, em seu entendimento, a oportunidade do dirigente se defender.
Allyson também relata que após a confusão, foi tido como “x9” e expulso do grupo dos conselheiros pró-diretoria, mesmo reiterando que nunca teve qualquer contato ou passou qualquer informação ao grupo de conselheiros abertamente oposição. Ao ser questionado sobre sua posição na votação a ser realizada dia 21: “vou votar a favor do afastamento!”