
FOTO: IGOR SALES / SITE OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
Em reunião realizada na noite desta terça-feira (25) o conselho do Cruzeiro se reuniu para votar o balanço financeiro do clube referente ao exercício de 2019, quando o clube teve déficit recorde na história do futebol brasileiro, próximo aos R$400 milhões – você confere análise completa do balanço financeiro clicando aqui. Com muitas explicações sobre a necessidade de se aprovar e pedidos de expulsão dos antigos mandatários do clube, o balanço foi aprovado com ressalvas e teve apenas cinco votos contrários dos 166 conselheiros presentes.
Antes mesmo da reunião começar, o conselheiro Pedro Lourenço, empresário dono da rede “Supermercados BH” e parceiro-investidor do clube foi homenageado com a comenda do “Raposão de Ouro”, honraria máxima concedida pelo clube. Pedro pode acompanhar relatos de familiares e ídolos do clube, que o agradeceram pelos serviços prestados.

(IMAGEM: Youtube / Cruzeiro Oficial)
Com o pleito iniciado, a sugestão de se fazer a aprovação com ressalvas partiu do próprio presidente executivo, Sérgio Santos Rodrigues. De acordo com Sérgio, essas ressalvas servem pra mostrar que o conselho entende que a gestão do ex-presidente Wagner Pires de Sá é temerária e trouxe mais que prejuízos financeiros ao clube.
Durante as considerações dos conselheiros, ex-membros do conselho gestor, responsáveis por assumir o clube após a renúncia da antiga diretoria, pediram que fosse colocada em votação a exclusão do ex-presidente Wagner Pires de Sá e do ex-vice-presidente Hermínio Lemos, entretanto, respeitando o edital de convocação e o “devido processo legal”, nas palavras do presidente do Conselho de Ética, José Eustáquio, o assunto não foi colocado em pauta.
Chamou a atenção, o fato de que muito do tempo da assembleia foi destinado a explicar aos conselheiros que aprovar o balanço não significa dar respaldo ou dar parecer favorável à gestão do ex-presidente Wagner Pires de Sá e sim apontar que os números apresentados, devidamente auditados, são o retrato da gestão que afundou o Cruzeiro em dívidas e culminou no rebaixamento do time para a série B do Campeonato Brasileiro.
A necessidade de se aprovar o balanço é uma questão legal, que poderia acarretar novos prejuízos e sanções ao clube, uma vez que sua aprovação é necessária para cumprir com acordos e refinanciar dívidas com a União. Inclusive, foi citado pelo próprio presidente Sérgio Santos Rodrigues o risco de uma não-aprovação inviabilizar o retorno do clube ao PROFUT – Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro.