Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro
O Cruzeiro encerrou o primeiro turno do Brasileiro 2019 na zona de rebaixamento com sua pior campanha na era dos pontos corridos. Um aproveitamento de apenas 31,5% (18 pontos em 19 jogos). Os números são tão ruins que até mesmo em 2011 e 2016 tivemos pontuações superiores (27 e 19, respectivamente). São vários culpados, começando pela pior diretoria que o clube já teve. Todos incompetentes e que deveriam renunciar. Já causaria uma melhora imediata de ambiente.
Não dá pra esquecer de Mano Menezes e elenco montado por ele. Além de não conseguir fazer o time render, saiu após uma sequência de 10 jogos sem vitória no torneio e apenas 5 pontos de 30 possíveis no período. Jogadores, principalmente veteranos que falam muito e jogam pouco, também tem papel nisso e precisam mostrar serviço. Aguardamos postura de homem por parte dos senhores, ou só vale aparecer na hora boa? Diante de todo esse drama, quais as contas que devemos fazer para escapar do rebaixamento?
Nos últimos 8 anos para não ser rebaixado, a média é de 43 pontos (38% de aproveitamento), com 11 vitórias, 10 empates e 16 derrotas e saldo de gols superior a -9. Apenas em 2013 e 2016 não foi possível escapar somando 43 pontos, sendo 45 a pontuação de corte. Portanto, para escapar com 100% de segurança e não contar com variáveis, o ideal é somar 45, ou 46 para os mais supersticiosos. Analisando o Brasileiro desse ano é possível dizer que todas as equipes até 4 pontos longe do Z4 (13°) possuem chance de rebaixamento.
Com 18 pontos, a conta simples é que 9 vitórias no returno garantem os tão sonhados 45 pontos. Contudo, seria basicamente um aproveitamento de 50% dos pontos, algo impensável diante do nosso momento. Tudo indica que 43 pontos serão suficientes nesse ano, faltam então 7 vitórias e 4 empates. O CSA (18°) de Argel Fucks mostra uma reação tendo perdido apenas 2 vezes em 8 jogos com aproveitamento de 33%. Se mantiverem esse rendimento no returno, podem chegar a 35 pontos. Já o Goiás de Ney Franco vem numa queda livre tendo apenas 1 vitória nos últimos 11 jogos, um aproveitamento de 18%. Nesse ritmo, terminarão o campeonato com 41 pontos. Fortaleza mostra alguma regularidade e se manter a média escapa sem sustos. Já o Ceará vem de uma sequência negativa de 5 jogos sem vitória. O Cruzeiro enfrentará Goiás e Ceará fora de casa após o duelo contra o Flamengo e não pode pensar em perder pontos, pois empatará com o primeiro e ficará a apenas 1 ponto do segundo.
A luta será árdua com o Fluminense até o fim do campeonato. Os cariocas comandados pelo recém chegado Oswaldo de Oliveira estão na nossa frente pelo número de vitórias (5×4) e melhor saldo (diferença de -3), algo que precisaremos buscar para não depender do critério de desempate (sendo bem pessimista). Por fim, analisando nossa retrospectiva do primeiro turno, temos que melhorar urgentemente nosso rendimento contra equipes da parte baixa da tabela, além da necessidade de voltar a vencer fora de casa. Enquanto jogando em casa e contra os 10 primeiros temos aproveitamento de 14º colocado, fora de casa e contra os 10 últimos somos 20° e 17°, respectivamente.
Enfrentaremos em casa no returno Fluminense, Fortaleza, Avaí e CSA. Somamos apenas 2 pontos contra essas 4 equipes no primeiro turno jogando fora. Nem é preciso dizer da URGÊNCIA de vencer esses jogos, não é possível pensar em outra coisa. Flamengo, Internacional, São Paulo, Bahia, atlético-mg e Palmeiras é fazer o melhor buscando pelo menos 3 empates e 1 vitória. Fora de casa enfrentaremos Ceará, Goiás, Chapecoense, Botafogo e Vasco. Além de vencer os dois primeiros como já comentado, é necessário recuperar os pontos perdidos em casa pra Chape. Para finalizar, é possível acreditar em vitórias contra Fluminense, Fortaleza, Avaí, CSA, Ceará, Goiás e Chapecoense. Restando 4 pontos pensando nos 43. Se conseguirmos 6 pontos em casa contra o grupo do G10, podemos chegar aos sonhados 45 pontos. Agora é lutar até o fim pois não será fácil, principalmente pra uma equipe com tanta dificuldade em marcar gols, mas falaremos sobre isso mais a frente.
#MeDibre