FOTO: GUSTAVO ALEIXO / CRUZEIRO E.C.
Um dos principais ídolos da história do clube e que teve saída conturbada no ano passado após não chegar em acordo com a nova diretoria montada após transformação do Cruzeiro em SAF e adquirida por Ronaldo Fenômeno, o goleiro Fábio, atualmente no Fluminense, está em diálogo para negociar uma readequação no valor do débito que possui com o clube, de modo que o mesmo fique dentro do orçamento do que a nova gestão poderá arcar.
Pouco mais de um mês após deixar o clube, Fábio acionou extrajudicialmente Ronaldo Fenômeno, para que o empresário arque com uma dívida na casa de R$ 20 milhões. O montante envolve valores de salários, premiações e luvas atrasados. Tal decisão ocorreu após o clube pagar junto à FIFA valor parecido para livrar o clube de sanções como a proibição do registro de novos atletas.
Em maio, a Justiça acatou o pedido de recuperação judicial da Associação do Cruzeiro para equacionar dívidas. Segundo documento divulgado, o goleiro está dentro de uma lista de credores com uma dívida de R$ 20.706.715, referente a débitos trabalhistas, valor citado pelo goleiro em sua notificação extrajudicial entregue ao Cruzeiro conforme citado acima. O atleta está listado como “contingências CNRD” na lista de credores cruzeirense. A informação foi divulgada inicialmente em matéria do Globoesporte.
Trajetória
Fábio soma duas passagens pelo Cruzeiro. A primeira, de forma breve e sem muitas oportunidades, aconteceu no fim dos anos 90, culminando no título da Copa do Brasil de 2000, quando o goleiro era terceiro reserva. Saiu para o Vasco e retornou em 2005 para assumir de uma vez a meta do Cruzeiro. Entre altos e baixos, o goleiro se consolidou na posição a partir de 2008, se tornando referência e símbolo de uma geração de torcedores.
Foram 976 partidas pelo Cruzeiro, tendo conquistado o Bicampeonato Brasileiro entre 2013 e 2014, além do bicampeonato da Copa do Brasil de 2017 e 2018, além de sete títulos do Campeonato Mineiro. Fábio buscava uma renovação no início do ano para atingir a marca de mil jogos, algo que não aconteceu pelo desacerto na questão salarial.