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Cruzeiro associação protocola pedido de Recuperação Judicial

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FOTO: BRUNO HADDAD / FLICKR / CRUZEIRO

O Cruzeiro associação informou no início desta terça-feira (12) que entrou com o pedido de Recuperação Judicial na Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte. O objetivo é readequar suas dívidas e tornar o clube organizado financeiramente mais uma vez, de forma que o mesmo volte a ser solvente e consiga honrar seus compromissos com funcionários e credores.

Ao site oficial do clube, Fred Luz, sócio-diretor da A&M Sportainment, contratada pelo clube em 2021 para assessorar no processo de reestruturação da associação, disse se tratar de um processo necessário para que o clube continue operando:

“A Associação Cruzeiro entra na etapa final da reestruturação. O pedido de recuperação judicial é mais um importante passo para a associação dar sequência ao processo de reorganização financeira e continuar exercendo suas atividades. Além disso, vai permitir readequar as dívidas e reforçar a capacidade de geração de caixa no curto, médio e longo prazo, garantindo condições para se reequilibrar financeiramente”

A Recuperação Judicial é um instrumento amplamente conhecido no Brasil, que tem como objetivo ajudar empresas em dificuldades financeiras e que, graças à Lei da SAF, agora pode ser usada por associações de clubes de futebol sem fins lucrativos, como é o caso do Cruzeiro.

A ideia de buscar a justiça é suspender temporariamente cobranças e execuções de credores (cíveis, trabalhistas e tributárias), tendo o clube um prazo para apresentar um plano específico para pagar todos os seus credores. Desta forma, o juiz irá encaminhar um administrador judicial para conduzir todo o processo.

A garantia de um pedido da associação na Recuperação Judicial foi um dos pontos estipulados por Ronaldo Fenômeno para realizar a aquisição de 90% das ações da SAF do Cruzeiro. À época, nossa reportagem conversou com um advogado especialista na área de recuperação judicial e falência, que explicou o passo a passo do processo de RJ.

No início do ano, em entrevista ao portal ge.com, Gabriel Lima, hoje CEO do Cruzeiro, falou sobre essa necessidade, dizendo se tratar de uma opção mais segura e mais transparente de negociar as dívidas do clube dentro das condições atuais. A ideia é acertar todas as dívidas e iniciar um novo trabalho.

“Na minha cabeça, a melhor saída e o melhor planejamento para adequar e cumprir com todas as dívidas que temos, é uma recuperação extrajudicial ou judicial (da associação). Pedimos isso aos conselheiros do Cruzeiro que tivessem aprovado isso em assembleia. A reconstrução de fato passa por acertar com todas as dívidas. A recuperação extrajudicial ou judicial é um instrumento legal, muito conhecido no Brasil para ajudar organizações que estão passando por dificuldades financeiras. Com base na lei e sendo ajudado por ser fiscalizado. Garante maior transparência no pagamento e como os recursos são aplicados. Esse foi o primeiro ponto, não tivemos resistência em relação a esse ponto.”