
FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR / CRUZEIRO
Após série de desconfortos recentes com a fornecedora, Cruzeiro se movimenta para tentar antecipar o fim do contrato com a Adidas. A informação inicial foi dada pela rádio Itatiaia e confirmada por nossa reportagem.
Além de entender ser um contrato pouco lucrativo, o histórico de camisas vazadas e a recente polêmica envolvendo o maior rival, também patrocinado pela fornecedora, fez com que a diretoria se movimentasse para buscar, de forma amigável, antecipar o fim do prazo de contrato, que vai até o final da temporada de 2025.
O contrato entre Cruzeiro e Adidas é idêntico ao do seu rival, Atlético. Ambos os clubes da capital não recebem valores fixos pelo patrocínio, mas sim um percentual de royalties em relação ao número de camisas vendidas. O vazamento de camisas, atrapalhando ativações de marketing do clube e forçando o lançamento antecipado é um dos pontos levantados pela direção.
Recentemente, a fornecedora acabou gerando revolta de torcedores do Cruzeiro ao lançar a nova camisa principal do rival com os dizeres “maior de Minas”. Este descontentamento com a Adidas veio a público através do CEO do Cruzeiro, Gabriel Lima, que deixou claro em sua fala que a atual gestão iria tomar um posicionamento firme diante das sequências de erros cometidos.
“Em relação a Adidas, difícil né?! Mais uma falha, lamento muito, ainda não conversei com eles, estava em reuniões. Mas vou conversar. A gente vai se posicionar muito firme em relação a isso. Não só o ocorrido de hoje, mas vazamento de camisas, erros que vem se repetindo. E eu sempre falei com eles que eu quero ver a diligência alemã aplicada também ao Brasil, pelo Cruzeiro. Mostram um profundo desconhecimento do que estão fazendo, uma falta de respeito com a gente e com o torcedor cruzeirense. Vai ser tratado de maneira dura por nós.”
O Cruzeiro não pretende realizar a rescisão unilateral com a empresa, mas busca, através de um acordo entre as partes, encerrar o vínculo ainda no final de 2023.