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Cruzeiro

CRUZEIRO E O NOVO COMEÇO

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FOTO: VINNICIUS SILVA / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.

Enfim a diretoria do Cruzeiro renunciou. O ciclo de Wagner Pires de Sá no comando do clube celeste acabou e novos tempos estão surgindo para o clube estrelado. O gesto de renúncia é simbólico por mostrar que a torcida teve participação direta nesse processo, mas também é vital para que o clube passe a adotar uma postura nova, com uma gestão mais eficiente e mais transparente, cercada por pessoas de boa índole e notadamente conhecidas como bons gestores.

Com a saída, o conselho de notáveis assumido por Pedro Lourenço (Supermercados BH), Emílio Brandi (Nova Safra), Alexandre de Souza Faria (Multiseg), Carlos Ferreira Rocha (Frigorífico Uberaba), Jarbas Matias dos Reis (Galvão Engenharia S/A), Saulo Tomaz Froes (Lokamig) e o advogado Walter Cardinalli Júnior, agora terá condições de administrar o clube e colocar em pratos limpos a situação financeira que se encontra.

A princípio o clube terá que resolver questões de funcionamento básico: funcionários e colaboradores que necessitam de pagamento de seus salários e vencimentos. Com certeza um aporte financeiro e uma auditoria externa serão necessários para deixar o clube funcionando dentro de uma ordem mínima nos próximos meses e planejar o futuro para a temporada de 2020.

Em contato com um dos membros do conselho de notáveis, Emílio Brandi, foi dito que “vamos reunir pela primeira vez na segunda feira para a reconstrução do nosso Cruzeiro”, o que indica celeridade e determinação para resolver os problemas. É preciso que o torcedor apoie e mais do que nunca fiscalize e cobre por medidas transparentes e soluções plausíveis dentro da realidade do clube. A reformulação deverá ser gradativa, atingindo primeiro a administração até chegar ao futebol. 

Outro ponto a ser constantemente questionado é a participação de conselheiros ligados a diretoria que renunciou ao cargo, denominada de “família União”. Esse movimento já se mostrou determinante para que o clube chegasse ao ponto que está hoje e precisa deixar de ter qualquer representatividade dentro da vida do clube para que as coisas caminhem dentro de um rumo certo – de preferência acontecendo uma atualização do estatuto do clube, com mais democratização e responsabilidade aos dirigentes.

Enfim, o Cruzeiro agora tem tudo pra renascer mais forte. Basta que todos os setores da sociedade que permeiam o futebol (imprensa, torcida, conselho, notáveis, empresários, etc) estejam em sintonia pelo bem maior do clube.