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O Cruzeiro realizou, através do escritório Almeida Melo, uma renegociação de sua dívida tributária com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Estimada em mais de R$330 milhões, o clube há algum tempo vinha sofrendo com execuções fiscais e bloqueio de contas referente ao valor que antes era parcelado pelo Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol, o PROFUT. Com a exclusão do clube no programa, uma negociação direta era o “plano B” do departamento jurídico do Cruzeiro.
A quitação será feita em 145 meses, em parcelas progressivas. Inicialmente, nos primeiros 12 meses, as parcelas serão de R$350 mil. Ao final do acordo, caso a dívida seja devidamente paga, o clube terá quitado ao final um valor de R$178.435.212,62, tendo um desconto acima dos 45% – valor de desconto bem acima do que o clube tinha com o PROFUT, que girava em torno dos 22,3%.
E mesmo com o acordo, ainda será possível formalizar novos acordos futuros ou migrar esse mesmo débito para uma negociação ainda mais benéfica e vantajosa para o clube, inclusive nos moldes da Lei 14.073, sancionada em 14 de outubro deste ano, que abriu a possibilidade de uma nova negociação diante do cenário de pandemia que também atingiu financeiramente os clubes de futebol.
O novo financiamento representa um suspiro imediato para o clube e impacta em diversos pontos de gestão, sendo eles:
- 33 ações e recursos na justiça serão retirados pela União;
- Fim dos bloqueio que segurou parte dos valores da venda do uruguaio De Arrasceta, realizada em 2019 ao Flamengo;
- Homologação do acordo entre o Cruzeiro e a Minas Arena;
- Retirada de bloqueio para venda e alienação da “Sede Campestre II”.
Veja a comparação: