
FOTO: GUSTAVO ALEIXO/ FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
Não foi uma partida brilhante do Cruzeiro, mesmo assim a equipe de Enderson Moreira conquistou mais uma vitória na Série B, a terceira seguida, dessa vez fora de casa, diante do Figueirense, em Florianópolis, e somou os primeiros três pontos na competição. Com assistência de Ariel Cabral, Maurício foi o autor do gol solitário aos 45 minutos do primeiro tempo que deu a vitória ao time celeste. Com o triunfo, o time saltou da 19ª posição para o nono lugar.
Sem poder contar com Giovanni e Jean com desgaste muscular, Enderson optou por Patrick Brey e Stênio, repetindo o mesmo esquema tático do duelo contra o Botafogo-SP num 4-2-3-1, ainda que no momento defensivo o meia Régis, que atua centralizado, alternou com Stênio na cobertura pelo lado direito no primeiro tempo. O time começou de forma razoável e quase marcou aos 8 minutos com Régis, que aproveitou cruzamento de Patrick Brey, dominou na ponta direita, driblou o adversário e bateu forte pra boa intervenção de Sidão. No entanto, a equipe foi perdendo força e cedendo campo ao Figueirense. Jadsom não fez boa partida e a bola passava pouco pelo meio-campo, com os defensores abusando de chutões e, na frente, o time não conseguia vencer a 1° e 2ª bola com Moreno. Stênio pela direita e Maurício pela esquerda, novamente, mostraram dificuldade. Keké explorou bastante as costas de Patrick Brey, que teve problemas em ajustar a marcação, contando com coberturas fundamentais de Cacá.
A grande chance do Figueirense foi aos 36′, com Keké em velocidade, tocou para Marquinho que dominou, livre de marcação (Jadsom estava distante e não acompanhou sua progressão) e finalizou no canto direito de Fábio, mas a bola acabou saindo. Aos 41′, novamente Marquinho recebeu de Keké e concluiu mal. Foram apenas três finalizações do Cruzeiro na primeira etapa contra 9 do Figueira e 30 bolas longas. Aos 45′, Maurício finalizou bonito da entrada da área, de pé esquerdo, após um lance confuso digno de pelada. A bola foi canto superior esquerdo de Sidão.
No intervalo, Enderson lançou Machado no lugar do amarelado Jadsom. O Cruzeiro não conseguiu se impor no segundo tempo, optando por uma postura mais reativa e defendendo o resultado conquistado ao final da primeira etapa. O jogo se tornou menos técnico e mais físico, com muitas bolas longas e rebatidas. Claudinho entrou no lugar de Régis mas não conseguiu trazer impacto. A melhor chance do time na etapa final foi com Maurício, aos 37′, mas o meia perdeu o ângulo ao entrar na grande área. A Raposa terminou com 37% de posse de bola e 33 rebatidas, um claro sinal da dificuldade apresentada no jogo.
Obviamente que nesse momento o importante é a vitória, mas o Cruzeiro ainda não conseguiu apresentar um bom futebol. Vencemos pela qualidade técnica e superação, contudo a execução das ideias de jogo ainda carecem de ajustes. A expectativa é que o trabalho da comissão técnica consiga evoluir a medida que os jogos forem acontecendo. O próximo adversário será a Chapecoense, na quinta-feira, no Mineirão, às 21h.