
FOTO: FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO
O Cruzeiro, até o momento da divulgação deste, disputou apenas sete jogos na temporada. Todos os sete jogos pelo fraquíssimo Campeonato Mineiro. Dentre todos as variáveis que se pode analisar, que vão do entrosamento do time, da condição física ideal, da chegada e saída de jogadores, da mudança de táticas, etc, podemos concluir muito pouco.
Mas desse muito pouco, uma certeza é possível analisar e vai de acordo com tudo que a crítica especializada e os torcedores mais assíduos concordam: falta velocidade, especialmente nas pontas, para que o Cruzeiro tenha um ataque mais incisivo e mais eficiente. A situação se agravou ainda mais após a saída de Arrascaeta e foi um pouco compensada com a chegada de Marquinhos Gabriel.
No mercado do futebol, a alternativa de jogadores que cumprem com eficiência esse papel também estava escasso. Um exemplo disso é a competição que foi criada em torno de Bruno Henrique, ex-Santos e que foi vendido por valores astronômicos ao Flamengo. O Cruzeiro, consciente disso, até tentou o mesmo jogador, sem sucesso. Essa demanda no clube celeste vem de outros tempos, basta lembrar as sondagens, por exemplo, de Pedro Rocha no ano passado. Ou até mesmo de Keno, esse ano.
Para o Cruzeiro o problema não é só a escassez e a supervalorização desse tipo de jogador no mercado, há também uma demanda interna: David. Contratado com status e mantido com a narrativa de que seria a solução desse problema, o primeiro ano do jogador não foi nada produtivo – muito em conta de uma lesão que, obviamente, não é culpa do atleta. Mas seu retorno a campo foi comemorado e mesmo sem fazer grandes jogos, terminou o ano como um dos pilares a serem trabalhados durante a pré-temporada para 2019.
Pois bem, 2019 começou. Destes sete jogos, David atuou em apenas dois. Contra o Guarani, David teve uma atuação discreta, contra a Patrocinense, o jogador apareceu mais fez o gol que garantiu a vitória da raposa. Nesse mesmo jogo em que marcou, David sentiu a coxa e voltou para o DM. No dia 4 de fevereiro, às informações vindas do DM indicavam um prazo de volta até a segunda semana deste mês… o que não aconteceu.

Mapa de calor mostra a versatilidade e a importância que David teria nesse elenco, se conseguisse sequência (Foto: Reprodução/Footstats)
Vale lembrar que, desde então, o Cruzeiro não vem apresentando o melhor futebol esperado. Nos jogos de maior necessidade como os clássicos, não obteve vitórias mesmo com condições superiores ao dos adversários. E em todos ficou nítido que, sim, faltava velocidade no ataque.
David, até então, segue uma incógnita. Mas é nele que nossas fichas estão sendo apostadas pela diretoria e pela comissão técnica. A ideia é que o jogador seja o fator diferencial para esse time, mas é óbvio que, até lá, o Cruzeiro segue com uma deficiência no time que não pode ser compensada por nenhum outro atleta do atual elenco. O problema, até aqui, é criar a dependência por um jogador que não está apto a entrar em campo.