Cruzeiro e Red Bull Bragantino se enfrentaram na noite deste domingo (21), no Mineirão, em confronto válido pela 24ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. A Raposa entrava em campo em busca de manter o bom momento que vive na temporada, em busca da sexta vitória seguida, enquanto o Massa Bruta buscava dar fim a um momento ruim e de muita oscilação na temporada.
A equipe celeste entrava em campo em busca de conquistar os três pontos e atingir a marca de 50 conquistados, para seguir na cola de Flamengo e ganhar a segunda colocação da tabela do Palmeiras. O time visitante, comandado por Fernando Seabra, buscava uma vitória para se estabelecer, ainda, na primeira página da tabela de classificação.
Para o confronto desta noite, o time do técnico Leonardo Jardim foi a campo com aquele 11 inicial que já é conhecido pelo torcedor do Cruzeiro, sem nenhuma suspensão ou lesão dos jogadores considerados titulares. A única ausência da equipe celeste veio do banco de reservas: Sinisterra, autor de um dos gols da última partida, foi cortado dos relacionados por conta de um estiramento muscular na coxa direita. Assim foi escalado e os relacionados para a partida:

Primeiro tempo
O jogo começou com o Cruzeiro buscando fazer aquela pressão inicial em transição rápida, como vem sendo de costume do time no Mineirão, enquanto o Red Bull buscava nos espaços de contra-ataque levar perigo ao sistema defensivo celeste. Em um momento de erro no campo de ataque, Romero foi obrigado a parar um lance de perigo com falta e cedo tomou o primeiro cartão amarelo. A marcação inicial do time paulista tentava impedir o Cruzeiro de ter controle da bola com suas peças mais ofensivas, como Matheus Pereira e Kaio Jorge.
Com mais de 60% de posse de bola, o Cruzeiro controlava as principais ações do jogo, enfrentando um time que primeiro se contentava em fechar os espaços, para sair em velocidade quando possível. Apesar de ter as ações do jogo, a Raposa não conseguia criar as melhores opções para finalizar e acabava forçando os chutes de fora da área, com Romero e com Kaio Jorge, esse último que obrigou o goleiro Cleiton a fazer grande defesa.
Curiosamente, a melhor oportunidade do jogo no primeiro tempo, até então, veio com um cruzamento baixo para Eduardo Sasha chutar, mesmo pressionado, obrigando Cássio a fazer uma grande defesa no susto. A subida do Red Bull Bragantino ao ataque acabou surtindo efeito: John John recebeu passe na entrada da área e, de primeira, acertou um chutaço, abrindo o placar no Mineirão aos 25 minutos de jogo. Cruzeiro 0 a 1 Red Bull Bragantino.
O Cruzeiro até tentou responder, mas sentia muita dificuldade em sair da forte marcação do Red Bull Bragantino no meio de campo e, pelos lados, não conseguia criar com perigo ao gol adversário. Apesar de ter os lados livre pra atacar, o Cruzeiro não conseguia ser efetivo e as jogadas não davam prosseguimento quando chegavam aos pés de Wanderson, Christian e William. Kaiki e Lucas Silva tinham dificuldades de lidar com o meia adversário.
Os chutes de fora da área continuavam, até que uma hora um deles achou o endereço: Lucas Silva limpou a marcação na entrada da área e acertou um belo chute, sem chances para Cleiton, empatando a partida aos 46 da etapa final: Cruzeiro 1 a 1 Red Bull Bragantino. Foi basicamente o último lance da partida.
Segundo tempo
Para o retorno do segundo tempo, Leonardo Jardim optou por não fazer modificações na equipe e viu, logo nos minutos iniciais, a equipe visitante pressionando na saída de bola e criando boas chances, obrigando Cássio a fazer logo de casa boas defesas. O Cruzeiro conseguiu crescer após o susto inicial e começou a pressionar mais o Braga. Christian recebeu um belo passe de MP e, dentro da área, cortou e finalizou pra fora, o que era, até então, a melhor chance do Cruzeiro na partida.
Em busca de reforçar o poderio ofensivo, tentando aproveitar a superioridade do controle da posse de bola, Leonardo Jardim mudou o time aos 15 minutos, colocando em campo Gabigol no lugar de Wanderson, mudando a estrutura do time. Com um jogo mais nervoso, a arbitragem de Lucas Paulo Torezin começou a distribuir cartões, alguns com critério duvidoso.
Outra mudança feita no Cruzeiro, que mantinha a posse de bola e tentava aproveitar melhor os momentos em que ia pra cima, foi a entrada de Matheus Henrique no lugar de Lucas Romero, que já estava amarelado. Com mais capacidade de criar de forma individual, o Cruzeiro tentava superar a forte marcação do Braga, mas sem sucesso.
A pressão acabou dando certo: em grande inversão de bola, Matheus Pereira recebeu na área, na linha de fundo, e tocou pra trás. Kaiki chutou dividindo e a bola, sofrida, morreu dentro da rede. Cruzeiro 2 a 1 Red Bull Bragantino aos 31 minutos da etapa final.
O Cruzeiro tentou manter o ímpeto de atacar e ampliar o placar, uma vez que o Bragantino não conseguia mais encaixar a boa marcação que teve no primeiro tempo, principalmente após a inversão dos lados de campo, com Gabigol caindo pra direita e Christian pra esquerda. Mas seguia atento às chances de contra-ataques que o time visitante vinha tentando criar. A queda física de ambos os times diminuiu o ritmo acelerado usual da partida.
Para a última substituição na etapa final, Leonardo Jardim optou por colocar mais dois jogadores de frente: Bolasie e Marquinhos foram acionados para entrarem nos lugares de Kaio Jorge e Matheus Pereira, respectivamente, já nos acréscimos do jogo. O Cruzeiro ainda gastou o tempo no final após conquistar dois escanteios seguidos. Fim de jogo e vitória de virada da Raposa.
O que vem por aí…
Agora o Cruzeiro ganha mais uma nova semana de treinos cheios, sem jogos no meio da semana. A equipe volta a campo pelo Campeonato Brasileiro, contra o Vasco, no sábado (27), em São Januário.