DERROTA PREVISÍVEL E ATAQUE INOPERANTE. HÁ ESPAÇO PRA MAIS MUDANÇAS

Compartilhe

Foto: Marcello Zambrana/Cruzeiro/LightPress

Rogério Ceni chegou e encontrou um vestiário se achando maior do que deveria pela falta de comando dos superiores. Não demorou para ter atrito com alguns medalhões que estavam entrando em campo sem entregar o que deveriam ou chamar a responsabilidade. Sua continuidade está dependente de uma boa resposta dos garotos e hoje eles deram. Mesmo falhando no gol, Cacá fez boa partida, assim como Rafael Santos e Ederson. Apesar da derrota, o jogo de hoje deu um pouco de esperança. Mantendo essa ideia de time sem Marquinhos Gabriel e dando mais chances a  Maurício e Sassá, por exemplo. Além deles, o recém chegado Ezequiel e meninos como Caio e Jadsom (da base) podem aparecer como boas opções tanto pro meio quanto pro ataque, que segue inoperante.

O resumo do jogo é o de sempre. Fica um gosto amargo pelo erro no fim do primeiro tempo. Era jogo pra empate. Nenhum dos dois time jogaram tanto para merecer a vitória, mas o adversário aproveitou a chance que teve. Pedro Rocha teve duas situações após driblar e pecou no acabamento, assim como David logo no início. Punidos mais uma vez pela inoperância ofensiva, principalmente no segundo tempo. Para entender como é duro jogar com atacantes que não marcam gols, a lista de jejum assusta. Marquinhos Gabriel não marca há 21 jogos. David, 26 jogos e Pedro Rocha há 4 jogos. Thiago Neves (4) e Fred (3) são os artilheiros no Brasileiro de um time que tem o mesmo número de gols que o Gabigol (16). Nossa campanha não é tão ruim por acaso.

Jogadores como David e Marquinhos Gabriel pecam de forma diferente. Enquanto o primeiro tenta demais e erra na mesma proporção, o segundo é omisso. Ceni precisa entender essa situação e fazer alterações. Pedro Rocha chegou a peso de ouro, recebendo um dos maiores salários e também vem pecando demais no acabamento, sempre tentando um toque a mais ao invés de finalizar. Hoje a aposta foi no contra-ataque, mas com um time sem confiança e enorme dificuldade para criar situações de gol, pouco ameaçando o goleiro Weverton. Na melhor chance, cara a cara com ele, David finalizou em cima.

O saldo positivo de hoje é que fizemos um jogo equilibrado e não sofremos tanto defensivamente como contra o Grêmio. Acredito que Ceni encontrou um pouco de equilíbrio dentro da proposta que ele quer utilizar ao lançar Ederson ao lado de Henrique. O garoto entrou com personalidade e tende a evoluir se tiver uma sequência. Na frente, Fred esteve isolado, sem receber em condições de finalizar. Orejuela e Rafael Santos foram corretos pelos lados. O grande problema passa pela entrega (ou falta dela) dos medalhões e a preparação física. Egídio entrou de forma patética, errando tudo que tentou. Thiago Neves, apagado, também pouco apareceu. Rafael Santos e Fred saíram sentido câimbras e cansaço. Faltou perna. Como dito acima, o necessário pra tirar o clube dessa situação é apostar na juventude, vitalidade e seguir competindo. A partida de hoje deu um norte, mas ainda é preciso mudar mais, escalando quem quer tirar o clube dessa situação e vontade de vencer.

#MeDibre

Compartilhe