Você, amigo cruzeirense, provavelmente temeu pelo pior na noite da última quarta-feira, não é mesmo? Ainda bem que temos o melhor goleiro do Brasil protegendo as nossas balizas. Fábio garantiu nossa vaga para semifinal da Copa do Brasil e mais do que isso, uma premiação que já chega a casa dos R$ 12 milhões. O Cruzeiro segue sonhando com o hexa para se tornar o maior campeão da competição. Porém, a classificação veio com uma derrota e devemos tirar lições relevantes. Por isso ela veio na hora certa.
O revés contra o Santos, dentro de um Mineirão lotado, foi importante para que torcida e jogadores, principalmente, percebam que em uma disputa de mata-mata o seu adversário nunca está morto antes do juiz apitar o final da peleja. Além do mais, o futebol é um dos únicos esportes onde o melhor nem sempre vai vencer. Voltemos um pouco no tempo, quem se lembra do jogo na Vila Belmiro? O Cruzeiro jogou para se defender, teve bastante dificuldade em tocar a bola e criar situações de perigo, o Santos pressionava, teve chances e não aproveitou. No fim, Raniel dominou uma bola e fez 1×0. Mesmo sem jogar bem, vencemos.
Já na última quarta-feira, foi o oposto. O Maior de Minas controlou o Santos, criou oportunidades para matar o confronto ainda no primeiro tempo (bola na trave do Arrascaeta) e não conseguiu. Em uma saída errada de bola, o Santos empatou. No segundo tempo, novamente controlamos as ações, enfiamos uma bola na trave com o Dedé, os defensores santistas evitaram gols certos de Robinho e Edílson já na pequena área e no fim sofremos o gol que sacramentou a derrota e a ida do confronto para os pênaltis, mesmo com o time tendo produzido para classificar no tempo regulamentar. Esse futebol…
O que quero dizer com isso? O time precisa estar ainda mais focado para o confronto contra o Flamengo, pela Libertadores, no dia 29. Sendo sincero, não acho que faltou compromisso ou foco aos jogadores, mas demos sopa para o azar. Um problema no Cruzeiro vem chamando minha atenção há algum tempo: a dificuldade de matar os jogos. Contra Corinthians, São Paulo, Vitória e até o Flamengo no Maracanã criamos várias oportunidades de gols e não conseguimos ser eficientes. Se por um lado é um sinal de que o desempenho está melhorando, pois estamos criando chances, por outro o baixo aproveitamento nas finalizações incomoda. É preciso ter mais frieza e concentração na cara do gol.
Muito contestado, David contou com a sorte na sua cobrança para a bola entrar. Que seja um reinício em sua passagem pelo Cruzeiro. Será muito útil. Foto: Vinnicius Silva/ Cruzeiro E.C.
Acredito que o grande mérito do treinador Mano Menezes é a capacidade de implementar uma força mental vencedora nos jogadores. Por mais difícil que esteja uma partida, nota-se a frieza da equipe para superar às adversidades, principalmente nos torneios de mata-mata, não à toa esse time é caracterizado por muitos como “copeiro”. Em 2013 e 2014, tínhamos um time eficiente nos pontos corridos, mas que patinava em torneios eliminatórios. Essa variedade na forma de conquistar é absolutamente normal para um clube tão rico em títulos e história. Agora, o próximo desafio é superar o Flamengo que virá mordido para o Mineirão e motivado pela classificação na Copa do Brasil ao superar o Grêmio, tido por muitos como o clube que joga o melhor futebol no Brasil.
Mano foi lúcido em sua coletiva ao citar os erros que proporcionaram os gols do Santos e vai trabalhar junto com os jogadores para que isso não se repita. Nesse momento decisivo, é valoroso ver o Thiago Neves voltando a ser decisivo, marcando gols importantes e ratificando a importância de jogadores tarimbados como ele no grupo. Na hora certa, eles aparecem. Mais do que nunca, vamos juntos em busca de mais uma conquista.
Foto de Capa: Vinnicius Silva/ Cruzeiro E.C.
Saudações celestes
#MeDibre