Em noite de novos erros coletivos e individuais, Cruzeiro volta a ficar no “quase” e segue sem vencer

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FOTO: STAFF IMAGES / CRUZEIRO E.C.

O Cruzeiro empatou com o Bahia por 2 a 2, neste sábado (10), na Fonte Nova, em Salvador. O novo empate deixou o time com a maior sequência negativa da temporada, com seis jogos sem conseguir vencer. A última vitória aconteceu há quase um mês, sobre o América-MG, por 4 a 0, no Independência, pela sexta rodada do Brasileiro.

De lá pra cá, foram três empates e três derrotas. E os problemas novamente são conhecidos. Contra o Bahia, mais uma vez ficou evidenciado a dificuldade do sistema ofensivo em converter as chances de gol que surgem, enquanto na defesa, que outrora chegou a passar confiança, voltou a mostrar vulnerabilidade principalmente nos lances de bola parada oriundas de escanteio.

O jogo na Fonte Nova mostrou um Bahia que oferecia espaços principalmente para o Cruzeiro atacar explorando a velocidade as costas da última linha adversária. Os gols de Bruno Rodrigues e Wesley evidenciaram isso. Porém, a Raposa também não mostrou a mesma segurança e controle de outros jogos quando perdia a bola ou via o adversário furar sua marcação pressão no ataque. Cedendo espaços, o Cruzeiro também era vulnerável aos avanços do Bahia.

Com Machado e Neto Moura mostrando dificuldade para frear os avanços do Bahia por dentro principalmente com Thaciano e Cauly, Oliveira e Castán ficavam constantemente no mano a mano. A falta de apoio dos pontas no auxílio de marcação também cobrou seu preço. O primeiro gol do Bahia, com Kayky, aconteceu após o atacante receber a bola de Ryan, na direita, e avançar sem marcação de Wesley, que deveria estar acompanhando-o, deixando que William ficasse numa situação de dois contra. Quando o atacante celeste, se aproximou, já era tarde.

O Cruzeiro enfrentava um Bahia que não vive um grande momento na temporada, sem conseguir vencer há sete jogos e com oito desfalques. Mesmo com espaço para jogar e encontrando possibilidades de vencer o jogo, errava demais nos gestos técnicos e, principalmente, no acabamento. Foi com essa postura errática que mesmo após conseguir virar o placar, dava sinais de que a qualquer momento poderia sofrer o empate, e foi o que aconteceu.

O Bahia conseguiu empatar, aos 21′ do segundo tempo, quando Arthur Sales, dentro da pequena área, aproveitou rebote de Rafael Cabral, após cobrança de escanteio, livre de marcação, quando três jogadores do Cruzeiro estavam próximos ao lance, mas apenas assistiram o desenrolar da jogada. Depois do empate dos donos da casa, a equipe do técnico Pepa ainda teve oportunidades onde Gilberto, Wesley e Dourado chegaram mano a mano com Marcos Felipe, mas erraram o gol. Bruno Rodrigues, em finalização dentro da grande área, também viu o goleiro aparecer bem.

Novamente faltou competência e assertividade ao Cruzeiro para conseguir encerrar o jejum de vitórias e aliviar um pouco da pressão e voltar para Belo Horizonte com os três pontos. O jogo franco em Salvador também liga o sinal de que, além do sistema ofensivo inoperante, a defesa também precisa se reencontrar, já que foi o sexto jogo seguido sendo vazado, e novamente dando sinais de falta de concentração.

No fim do jogo, a Raposa ainda viu o gol de Henrique Dourado e um pênalti sofrido pelo atacante serem anulados pelo VAR. As estatísticas finais mostram que a Raposa finalizou 15 vezes (sete no alvo), mas permitiu 14 finalizações do adversário (cinco no alvo). Dosar essa ansiedade e não permitir que a falta de aproveitamento na frente reflita na sua defesa será a grande missão do técnico Pepa nesses 10 dias de “pausa” até o confronto diante do Fortaleza, em Belo Horizonte.

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