
FOTO: GUSTAVO ALEIXO / CRUZEIRO E.C.
O Cruzeiro, junto ao seu sócio majoritário, Ronaldo Fenômeno, anunciou nesta terça-feira (25) o “Big Blue”, um evento 100% digital, aberto e gratuito direcionado à torcida do Cruzeiro, que terá como principal objetivo aproximar ainda mais a gestão da SAF e fidelizar seus torcedores, criando um grande banco de dados e ofertando diversas atrações, entre painéis, entrevistas e até premiações aos torcedores.
“Os problemas não acabaram”
Durante evento realizado em São Paulo nesta terça-feira, Ronaldo, sócio majoritário da SAF do Cruzeiro esteve ao lado de Gabriel Lima, CEO de sua gestão, falou sobre os desafios enfrentados diante de tantas dívidas acumuladas, mas que graças ao resultado esportivo desse ano o clube conseguiu “sair da UTI”:
“(…) As gavetas pararam de aparecer com dívidas, mas ainda temos uma dívida muito grande e não podemos achar que os nossos problemas acabaram porque voltamos pra Série A. Não acabaram. Continuamos com muitos problemas, mas já saímos do fundo do poço. Quando cheguei falamos que estávamos na UTI, hoje podemos dizer que estamos no quarto do hospital. Isso com o resultado esportivo que tivemos foi muito bom e dá para trabalhar com mais tranquilidade pro próximo ano”, destacou Ronaldo.
Reformas na Toca da Raposa II
Gabriel Lima, CEO do clube, também aproveitou para destacar o planejamento de melhorias dentro da infraestrutura da Toca da Raposa. Uma deles passa por uma obra para adequar o espaço da estrutura dentro da Toca II para atender ao setor administrativo do clube, hoje unificado dentro do CT.
“Temos duas mudanças grandes programados. Na verdade existe uma visão de longo prazo de pra onde tem que ir a infraestrutura. Ela tem um papel chave no desenvolvimento dos jogadores e do time profissional. A Toca, hoje, tem uma infraestrutura defasada. Já foi muito celebrada por uma das melhores do Brasil e hoje não é. Fizemos um movimento lá atrás de trazer toda área administrativa que estava pulverizada em vários lugares e concentramos todos na Toca II. Hoje o ambiente de trabalho de administrativo não é o melhor, estamos muito apertados, então vamos fazer uma obra para adequar as estruturas da Toca II pra toda área administrativa e de futebol.”
O dirigente também destacou que dentro do futebol também ocorrerão mudanças estruturais como reformas no campo três, criação de outro campo para treinos e uma arquibancada para receber jogos do feminino e categorias inferiores:
“Será feito dentro do futebol um campo novo, dentro do campo que já existe vamos trocar a grama e refazer toda parte da drenagem que está muito ruim do campo três da Toca. Também tem planejado uma reforma de vestiário e uma arquibancada para poder mandar jogos principalmente do feminino, Sub-20 e Sub-17. Tudo com muita parcimônia, calma e planejado ao longo do tempo.”
Ronaldo ainda destacou a integração entre base e profissional feito por sua gestão, como o Sub-20 treinando junto aos profissionais, e também a necessidade de melhorias na Toca da Raposa II, informando que em novembro já ocorrerá a primeira intervenção visando melhorias para que os jogadores retornem das férias encontrando uma estrutura melhor para pré-temporada de 2023:
“O Sub-20 treinando no mesmo horário e ao campo do lado do profissional, para que se haja necessidade do Pezzolano incorporar imediatamente a um treino do profissional, já começamos a ajustar no dia a dia. Nossa infraestrutura está bem ultrapassada, precisamos de melhoras nos campos, de acesso ao torcedor, tem muita coisa que precisamos melhorar. Em novembro vamos fazer uma pequena obra na Toca da Raposa e correndo contra o tempo para poder já receber o time quando voltar das férias”, comentou.
“Vamos competir como manda a tradição do Cruzeiro”
Ronaldo adiantou que já está sendo discutido o valor que será injetado para o futebol do clube do ano que vem, com o retorno da equipe à Série A do futebol brasileiro. O executivo promete um time competitivo “de acordo com a tradição do Cruzeiro”, ressaltando que existe uma diferença de faturamento entre a Raposa e outros times do Brasil, o que não impedirá, segundo o Fenômeno, da equipe competir dentro do cenário nacional:
“Esportivamente falando, nós seremos competitivos no ano que vem. Teremos um bom time e vamos de competir de acordo como manda a tradição do Cruzeiro. Logicamente existe uma distância muito grande entre os clubes que estão faturando mais no futebol brasileiro e será considerável em relação a gente, o que não significa que não iremos competir. Não podemos esquecer que nossos problemas financeiros continuam. Logicamente, você estar na primeira divisão as receitas vão aumentar e nossas possibilidades também. Temos muitos compromissos para arcar e dívidas para arcar. Internamente já existe essa discussão de quanto vamos injetar no futebol para fazer o Cruzeiro competitivo ano que vem.”