Na noite desta quarta-feira (16), o Cruzeiro ficou no empate em 1 a 1 com o Bahia, no Mineirão, em partida válida pela 30ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Após o confronto, o técnico Fernando Diniz analisou o desempenho da equipe em coletiva de imprensa, destacando a evolução da Raposa, mas lamentando a anulação de um gol que poderia ter definido a vitória.
“Uma análise da partida: um bom jogo de futebol. No segundo tempo a gente melhorou, teve chance em sequência, fez o gol, fez o segundo na sequência, muito mal anulado. Um lance que o jogador ta indo pra trás, se o Villalba não tivesse ali, ele não ia chegar na bola nunca do jeito que ele se jogou. Ele caiu sozinho. Quem disputou foi o João Marcelo com outro jogador. Gol muito mal anulado.”
Diniz também pontuou que o time não deveria ter permitido o gol de empate do Bahia, que aconteceu em um lance de contra-ataque. “Era um gol muito evitável. Recuperamos a bola no campo de ataque, tínhamos controle, mas perdemos a posse e deixamos o Bahia avançar. De maneira geral, gostei do time, mas esse gol era completamente evitável.”
Mesmo com o empate, o treinador destacou a evolução do Cruzeiro. Para ele, o desempenho físico e técnico da equipe apresentou melhorias importantes, que devem ser mantidas para os próximos desafios, tanto no Brasileirão quanto na Sul-Americana.
“O time teve uma produção ofensiva, no segundo tempo, interessante. Sem dar muitas chances de contra-ataque. O segundo tempo é um parâmetro bom. As chances que o Bahia criou, fazendo alguns reparos, foram mais erros nossos. Outra coisa que a gente fez bem é uma marcação alta e o time foi muito agressivo. Isso fica de positivo.”
Sobre a sequência de jogos sem vitória, Diniz admitiu que a pressão existe, mas acredita que a equipe tem mostrado progressos significativos. “Se falarmos apenas do resultado, merecíamos vencer. A evolução da equipe é nítida, e a adesão dos jogadores ao que estamos propondo tem sido excelente. O Walace, por exemplo, fez uma ótima partida. Estou confiante que vamos colher resultados positivos em breve”, disse o técnico.
Questionado sobre seu estilo de jogo “autoral”, onde costumeiramente gosta de ver seus defensores saírem tocando, evitando a bola longa ou algum chute sem direção, Diniz interpelou e disse:
“Não é sempre que vamos sair jogando, tá? É um erro costumeiro. Se colocar o tanto de bola longa que a gente teve no jogo, foi maior que a de jogada curta. Não vai sair jogando curto sempre. Eu tenho confiança plena do que os jogadores tem que fazer.”
Diniz encerrou comentando o gol sofrido e o que pode ser feito para evitar erros similares. “A gente deveria ter feito uma falta tática ali. Deixou ter uma inversão de corredor. E a gente podia ter andado pra trás com mais velocidade e evitado o cruzamento. A bola não passaria naquele vão. É um cruzamento perigoso. A falta era uma das coisas. ”, concluiu o treinador.