Dirigente revela como readequação salarial foi feita com os atletas

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FOTO: BRUNO HADDAD/CRUZEIRO E.C.

Interlocutor do Núcleo Dirigente Transitório com o departamento de futebol do Cruzeiro, Carlos Ferreira Rocha explicou em live no Youtube para o canal “Informativo Cruzeiro” como a readequação salarial dos jogadores que permaneceram no Cruzeiro nessa temporada foi realizada. Segundo o dirigente, todos os contratos firmados entre 2018 e 2019 foram lesivos aos cofres do clube.

“O Cruzeiro tinha uma folha de R$ 16 milhões mensais. O conselho (gestor) conseguiu reduzi-la para R$ 2 milhões. Você tinha um jogador ganhando R$ 650 mil e passou para R$ 150 mil. Ele emprestou para o Cruzeiro R$ 500 mil, ao longo do ano isso daria R$ 6 milhões. Quer dizer, em um ano ele emprestou ao Cruzeiro 6 milhões para ser pago em 24 meses a partir de abril de 2021”. Explicou o dirigente.

Carlos Ferreira Rocha também rebateu a declaração de Paulo Pedrosa, presidente do Conselho Deliberativo eleito para o mandato interino de seis meses. Segundo ele, o Conselho Gestor “empurrou com a barriga” as dívidas do clube.

“Não é bem assim. Você está numa terra arrasada, faltando vale transporte para cozinheira da Toca I. Eu mesmo junto com alguns companheiros do grupo transparência levamos 400 cestas básicas para os funcionários. Pegamos o Cruzeiro nessa situação. Se todos os jogadores em janeiro ajuizassem ação na Justiça do Trabalho, o Cruzeiro iria trabalhar apenas com Sub-20 e Sub-17, inclusive com alguns desses jogadores também podendo sair. Fizemos eles entenderem que a situação era grave e que precisávamos fazer essa readequação salarial. Muitos entenderam e outros não. Foi um momento crucial pro Cruzeiro, não é empurrar com a barriga. O Cruzeiro pegou mais ou menos R$ 12-14 milhões de empréstimo com os jogadores para pagar em 3 anos, sem juros e correção. Isso foi um dos pilares dessa luz no fim do túnel que conseguimos trazer para o Cruzeiro”, declarou.

Saulo Froés, presidente do Conselho Gestor do Cruzeiro que também participava da live, lembrou da situação do zagueiro Cacá, que estava com três meses de salário atrasado e poderia ter saído sem custos. “Conseguimos segurar e fizemos um acerto com ele aumentando seu salário de uma forma racional, sem nenhuma loucura, e conseguimos mantê-lo”, finalizou

A entrevista completa dos dirigentes pode ser vista clicando aqui.

#MeDibre

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