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Cruzeiro

Ricardo Drubscky: “alguns jogadores vão retornar para a base”

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FOTO: BRUNO HADDAD/FLICKR OFICIAL/CRUZEIRO E.C.

Devido a pandemia gerada pelo coronavírus as atividades em campo seguem paralisadas no Cruzeiro. No entanto, o planejamento dando a sequência a reconstrução do clube segue, agora sob nova direção de Ricardo Drubcksy como diretor de futebol e Enderson Moreira como técnico. Uma das medidas traçadas por esse planejamento pode ser o retorno de alguns atletas com idade de Sub-20 para à base que será comandada por Rogério Micale.

– Alguns jogadores vão retornar para a base para continuar o processo de formação. Hoje, nós temos um campeão olímpico dirigindo o sub-20. Não podemos perder a qualidade de grande formador do Rogério Micale. Vamos ter alguns jogadores voltando para a base, já foi avisado a eles (ao elenco, em geral) – disse Ricardo Drubscky, em entrevista à TV Bandeirantes.

O goleiro Denivys (atualmente 4ª opção, 18 anos) e o zagueiro Paulo de apenas 18 anos e última opção dentre os zagueiros, podem se beneficiar disso. Já o zagueiro Edu, bastante elogiado pelo ex-treinador Adilson Batista, está no profissional desde o ano passado e que atuou na Copa São Paulo deste ano, apesar de ter idade de júnior está em seu último ano de base e já fez 3 jogos no profissional, marcando um gol. Na direita, Valdir ainda não se mostra pronto o suficiente para integrar o profissional da Raposa, também está no seu último ano de base. No meio, Jadsom e Pedro Bicalho ainda possuem essa e a próxima temporada com idade de júnior, mas ambos mostraram bom rendimento. Retornar pra base pode acabar gerando um desestímulo do que realmente agregar no desenvolvimento da carreira. O primeiro foi titular com o técnico Adilson Batista, atuando em 11 das 12 partidas do clube no ano, todas como titular. Já Bicalho entrou em campo em 11 oportunidades, sendo titular em 3 e marcou 1 gol. Maurício, mesmo com 18 anos, foi titular em todos os jogos da temporada e principal destaque da equipe. Sua presença no profissional nem deve ser discutida. Marco Antônio, em seu último ano de base, fez 5 jogos no profissional (nenhum como titular), e ainda carece de maior minutagem e amadurecimento.

No ataque, Alexandre Jesus talvez tenha sido a escolha de maior polêmica de Adilson. Atuou em 5 jogos pelo profissional (todos como titular) e marcou um gol, mostrou em vários jogos ainda carecer de mais tempo antes de ser lançado. Mesmo assim, gozava de confiança do técnico. É um nome que poderia se beneficiar do retorno ao Sub-20. Por outro lado, Caio Rosa – titular na base – teve pouquíssimas oportunidades de atuar nos profissionais. Entrou em apenas duas partidas do Mineiro e somou 56 minutos. Ainda tem essa e a próxima temporada com idade de júnior, mas até mesmo uma avaliação sobre seu rendimento fica comprometida diante de tão poucas oportunidades. Mesma situação viveu uma das principais promessas do Cruzeiro, o centroavante Vinicius Popó. Sem cair nas graças do antigo treinador, jogou apenas 3 partidas, nenhuma como titular e somou 34 minutos.

Acredito que antes de voltar com os garotos para o Sub-20 (claro que alguns podem acabar se beneficiando com isso) é preciso analisar dentro do elenco quais contratações estão inflando o grupo sem perspectiva de evolução. Será que voltar com um Vinicius Popó (exemplo) pra base é mais efetivo do que chegar a um acordo de rescisão com o atacante Roberson, contratação que claramente não deu retorno? Ou se realmente compensa manter um atleta com idade de júnior de outra equipe (Jhonata Robert) ao invés de trabalhar os que são do clube (Caio Rosa)? Garotos que já mostraram qualidade no profissional como Jadsom, Pedro Bicalho, Maurício e Thiago também vão retornar a base? Pois possuem um enorme potencial técnico e financeiro e precisam seguir sendo estimulados nesse sentido. Enfim, são decisões que devem ser tomadas pela comissão técnica e vejo nomes que chegaram entregando bem menos do que alguns garotos que podem acabar tendo que retornar ao Sub-20.