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Cruzeiro

Duelo contra Brasil de Pelotas é fundamental e sinal amarelo já está ligado

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FOTO: BRUNO HADDAD / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.

Não dá para dourar a pílula. O trabalho de Enderson Moreira no Cruzeiro até aqui é ruim.

A derrota para o América-MG no último sábado, pela sexta rodada da Série B – a segunda em casa – evidenciou um Cruzeiro com desempenho cada vez pior. Falta repertório, variações táticas e ousadia para o treinador buscar algo diferente. São sempre as mesmas substituições: se um atacante, volante ou lateral estão mal, entram outros com as mesmas características, como se a troca de seis por meia dúzia gerassem mudanças.

Enderson pediu 10 rodadas para seu time adquirir maturidade na competição. Não fosse a perda dos seis pontos devido a punição da FIFA, é verdade que estaríamos brigando na parte de cima da tabela. Porém, o “se” não entra campo e mesmo nas vitórias o desempenho era ruim. A ausência de resultados positivos escancarou o problema. A cada rodada, uma formação diferente. Adriano atuou 45 minutos contra a Chapecoense, depois sequer foi relacionado. Maurício ficou pela esquerda – setor que definitivamente não rende – até perder posição e ir pro banco. Welinton, que vinha entrando bem, quando teve oportunidade para ser titular contra o Confiança, viu Riquelmo passar na sua frente. Aírton, recém chegado, fez bons minutos contra o CRB e na partida seguinte começa como titular. A dificuldade em definir um time gera desconfiança e incertezas. Num elenco tecnicamente mediano, é fundamental a repetição.

Pedro Lourenço, o principal patrocinador do clube, cobrou publicamente a demissão do técnico Enderson Moreira, gerando uma situação bastante desconfortável para comissão técnica e colocando uma lupa no presidente Sérgio Santos Rodrigues. Demitir para agradar o patrocinador ou bancar o treinador e mostrar que o clube ainda tem presidente e não é uma S.A? Ele tratou de minimizar e garantir Enderson no cargo, mas a verdade é que se não vencer o Brasil de Pelotas na próxima quarta, é difícil acreditar em manutenção do trabalho.

Já foram 6 jogos, ou 15% da competição. O Cruzeiro está em 14º, com 4 pontos, apenas 1 de diferença ao primeiro colocado do Z4, o Brasil de Pelotas, próximo adversário. Equipe que ainda não conseguiu vencer na competição e tem um jogo a menos em relação ao clube mineiro: 3 derrotas e 2 empates em cinco jogos. Na temporada venceram apenas em quatro oportunidades dos 20 jogos disputados. A média histórica para conseguir o acesso é de 63 pontos e, nos últimos cinco anos, o quarto colocado subiu com 18 vitórias. As duas derrotas em casa para Chapecoense e América-MG obrigam o clube a buscar pontos fora e não vencer o próximo confronto está fora de cogitação. O sinal amarelo já está ligado.