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Cruzeiro

Continuação: e a conta, vai chegar? (Parte 3)

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Em maio de 2018, escrevi duas colunas para esse portal questionando a situação financeira do Cruzeiro. Naquele momento, vigorava um discurso de divisão e racha entre as diretorias passadas e eleitas, principalmente por conta da questão financeira – tema central dos debates de bastidores naquela época.

Assim que o balanço publicado saiu e entrou para a aprovação do conselho, abordei o mesmo destrinchando o que havia sido publicado sobre gastos, arrecadações, dívidas, etc (basta clicar aqui para ler). Logo após, uma nova matéria foi publicada questionando o que poderia acontecer, uma vez que o balanço foi apresentado, mas não foi aprovado pelo conselho.

Muito se aguardou pela reunião do conselho e pela apresentação “bomba” dos resultados da auditoria que explanaria a real situação catastrófica do Cruzeiro. Mas, não foi bem isso que vimos nesta última terça-feira (30). O balanço apresentado originalmente que demonstrava o superávit de R$30 milhões foi aprovado, mas com ressalvas: a auditoria apontou que há, na realidade, um déficit de R$17 milhões.

A confiabilidade de ambas as auditorias e dos documentos representados não serão questionados por mim aqui, mas a realidade é que o cenário financeiro do Cruzeiro, mesmo com toda a divergência, segue sendo interpretativo para o lado que busca analisá-lo. Mesmo diante de todas essas questões, segue faltando transparência no futebol.

Agora, enfim com o balanço publicado e aprovado pelo conselho deliberativo, é fechado um capítulo de troca de acusações e farpas que dividiam os bastidores do Cruzeiro e envolviam as mais diversas correntes de pensamento. O presidente Wagner Pires de Sá a partir de agora tem total autonomia e ciência para colocar o clube no caminho que acredita ser o correto e evitar que tais dívidas e “loucuras financeiras” sejam contraídas de formas irresponsáveis – pelo bem do Cruzeiro e da sua própria imagem.

Que 2019 já esteja sendo pensado com bastante responsabilidade, aliviando a folha salarial do time de futebol e investindo de forma correta e pragmática. Infelizmente, se a situação financeira do Cruzeiro é mesmo tão grave quanto foi alardeada pela atual diretoria, não podemos insistir nas contratações caras que visam apenas o retorno imediato em campo. É preciso mais planejamento para evitar que novos Bruno Silva, David e Mancuello sejam contratados e novos empréstimos duvidosos e milionários sejam feitos de forma paliativa, como foi feito no início desse ano.

 

Foto de capa: divulgação/Cruzeiro E. C.