E A MÉDIA DE IDADE?

Compartilhe

Na terceira colocação entre os elencos de maior idade, atrás apenas de América-MG e Ceará, com 26,6 anos, o Cruzeiro detém um dos planteis mais experientes do Brasil. Quando não jogam Lucas Silva e Arrascaeta, por exemplo, temos um 11 inicial inteiro de jogadores acima dos 30 anos (Ariel Cabral e Rafinha são os substitutos naturais). Atualmente, 14 dos 31 jogadores do plantel celeste possuem 30 anos ou mais, representando 45,1% do plantel. Um risco calculado, mas que no longo prazo pode se tornar prejudicial.

Na corrente temporada que se encerra em 02 de dezembro, o clube terá disputado um total de 73 jogos, número absurdamente alto que exigiu da comissão técnica o sacrifício do Campeonato Brasileiro para que os titulares tivessem condição de atuar pela Copa do Brasil e Libertadores na plenitude da forma física. Em parte pela alta média de idade, outra por questões fisiológicas, já que é comprovado a necessidade de 72 horas de recuperação entre um jogo e outro.

Até 20 anos

Gabriel Brazão, Victor Eudes, Éderson e Cacá

Entre 20 e 25 anos

Murilo, Patrick Brey, Ezequiel, Lucas Romero, Lucas Silva, David, Giorgian de Arrascaeta, Sassá e Raniel

Entre 26 e 30 anos

Rafael, Manoel e Mancuello

Acima dos 30 anos

Fábio, Edílson, Egídio, Dedé, Léo, Henrique, Ariel Cabral, Bruno Silva, Rafinha, Robinho, Thiago Neves, Hernán Barcos, Rafael Sobis e Fred

Além do aspecto físico, atletas jovens possibilitam uma maior oportunidade de faturamento financeiro e há muito tempo o Cruzeiro não consegue uma grande venda. Arrascaeta aparece como o principal expoente, mas como o clube detém apenas 25% do jogador, sua venda não significará muita coisa, sendo preferível até que o atleta permaneça no clube por tudo que ele agrega tecnicamente. Bruno Silva (31), Mancuello (30 anos em 2019), Henán Barcos (34) e Rafael Sobis (33) são peças com idade elevada que não representam grande acréscimo técnico. Pensando em renovação, longo prazo e queda na folha de pagamento, a substituição destes por atletas com idade até 23 anos seria benéfica por por dois motivos:

1) Caso o retorno técnico seja imediato, a chance de lucrar é maior do que com um veterano que, com muita sorte, despertará a atenção apenas de mercados emergentes;
2) Longevidade maior dentro do clube. Caso o jogador não seja vendido, a possibilidade de jogar em alto nível por vários anos é maior do que com um atleta próximo ou que já tenha ultrapassado os 30 anos. 

É claro que a manutenção de veteranos – principalmente os que foram titulares ao longo da temporada – é imprescindível pela experiência, costume com grandes jogos e poder de decisão. O ponto principal é renovar o elenco substituindo medalhões que custam alto e devolvem pouco dentro de campo por jovens com ambição de vitória e possibilidade de lucro futuro. O vestiário não sentirá por perder alguns coroas se os principais (aqueles que realmente decidem) sigam vestindo azul e branco. E aí, concorda?

Saudações celestes!
#MeDibre

 

Compartilhe