E A PREGUIÇA VEM COMO?

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Foto: Cruzeiro/Flickr Oficial

Imagine que seu time está treinando há duas semanas, jogou apenas duas vezes e teve a semana livre para descansar, trabalhar e produzir. Somado a isso, enfrentou um adversário desgastado após longa viagem para Roraima pela Copa do Brasil. Mesmo assim, a atuação dos comandados de Mano Menezes foi muito abaixo do que o – caro – elenco pode produzir. Faltou bola e, acima de tudo, vontade de vencer. 

A forte chuva que caiu no Independência atrasou o jogo em 32 minutos. O fator “gramado pesado” pode até servir como justificativa ao futebol burocrático e sem inspiração, mas não serve como desculpa. O Cruzeiro pode render mais, os jogadores animicamente também poderiam ter apresentado mais vontade de vencer pela qualidade que possuem. Durante o primeiro tempo, apenas 4 finalizações e 1 certa. No segundo tempo foi ainda pior, com 3 finalizações erradas.

O principal problema da equipe durante a partida foram os erros excessivos de passe (foram 45), principalmente no último terço ofensivo do campo. Robinho era o responsável por conduzir partindo da direita para o meio, tentou passes em profundidade mas faltou capricho. Raniel também não esteve em uma tarde feliz, o jovem atacante pouco produziu enquanto esteve em campo e saiu para entrar Sassá, que teve atuação discreta. Lucas Silva teve bastante dificuldade em conter às investidas de Neto Berola que partia do lado esquerdo. Além disso, não conseguiu organizar e distribuir da forma que está acostumado. A entrada do Cabral tinha como objetivo ganhar posse no meio e ter um volante que chega mais à frente como apoio, mas não funcionou. Mano explicou durante a coletiva que colocou Rafinha no lugar do Marquinhos Gabriel para gerar espaços pela esquerda, já que o meia tende a trabalhar pelo meio, atraindo a marcação do lateral e instruiu Raniel a ocupar esses espaços gerados. Não deu certo.

Mano Menezes reclamou da falta de competitividade e os erros da equipe na tomada de decisão. Time precisa evoluir. Foto: Cruzeiro E.C./Flickr Oficial.

A grande verdade é que nos dois jogos mais importantes do ano, não saímos vencedores. Empamos contra Atlético-MG e América-MG. Justificativas como clima, condição física ou falta de ritmo são compreensíveis, mas pelo elenco e tempo de trabalho, podemos mais. O Cruzeiro ocupa a 3ª colocação do Mineiro com 15 pontos, um a menos que o rival e empatado com o América (perdendo no saldo), mesmo tendo o elenco mais caro. Há tempo para evolução e acredito que irá acontecer. Esse hiato de jogos, além da falta de competitividade dos adversários acaba prejudicando a preparação da equipe, que não encontra um nível de competitividade capaz de instigar melhoras de desempenho. Que a preguiça de hoje tenha sido lavada pela chuva que caiu no Horto. O Cruzeiro volta aos gramados no próximo domingo, contra a URT, no Zama Maciel.

#MeDibre

 

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