É clichê, mas é Libertadores!

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Eu sei, sempre que situação não está boa ou minimamente favorável, invocamos todos os clichês possíveis para que a narrativa se desdobre além do que deveria ser apenas o campo de futebol. Vamos ao peso da camisa, aos deuses do futebol, à Libertadores de 97, ao passado e também ao presente de conquistas para justificar o porquê devemos acreditar sem titubear. Pedimos que não falte raça, não falte vontade, que se coloque o coração na ponta da chuteira, que a constelação nos guiem e que Arrascaeta faça a diferença.

A verdade é que estamos a poucas horas de retomar uma caminhada difícil e que deixa marcas desde a fatídica noite de 15 de julho de 2009. Para o Cruzeirense, a Libertadores nunca mais foi a mesma depois disso. Não lutamos só para sermos campeões e aumentarmos nossa galeria de troféus. Lutamos para exorcizar fantasmas, recuperar nossa identidade e fechar um ciclo que vaga por nossas mentes toda vez que a bola rola na América do Sul. Não é só matemática, é misticismo também!

A hora de fazer a diferença chegou, mais uma vez. (Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro)

Cada classificação para a Libertadores, desde então, vem acompanhado de desconfiança e também de coragem. Não temos medo de eliminações precoces ou tardias, sabemos que perder faz parte do jogo, isso porque sabemos que o mais difícil não é rival do outro lado do campo e sim nosso próprio receio de não conseguir chegar lá.

Nossa história está aí, pronta pra ser escrita com clichês e tudo mais. Não importa. Nunca desistimos, nem depois que tudo parecia perdido. Não vai ser de antemão dessa vez.

Sim, isso é a tal da Libertadores! O sonho de consumo de qualquer torcedor!

É enfrentar o grupo da morte e ser líder.

É jogar de forma diferente da nossa escola e ainda assim ter o melhor ataque.

É não ter caminho fácil (nem em sorteio) e nem assim se assustar.

É ser Cruzeiro em sua essência mais pura.

E não há nada melhor do que “ser Cruzeiro” para eliminar um Flamengo.

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