
FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
Após o confronto contra o Paraguai, na última terça-feira, o centroavante Marcelo Moreno se tornou o principal artilheiro do seu país, com 21 gols marcados. O bom momento na seleção boliviana é evidenciado pelos números: em três jogos disputados pelo atacante nas Eliminatórias Sul-Americanas para Copa do Mundo, marcou três gols. Se em sua seleção o atleta está afiado, no Cruzeiro suas atuações ainda oscilam. Para marcar os mesmos três gols pelo Cruzeiro, Moreno precisou de 22 jogos – e todos foram por meio da bola parada.
A constante troca de treinadores (Adilson Batista, Enderson Moreira e Ney Franco) somadas a alta rotatividade de atletas no plantel (mais de 40 jogadores foram utilizados em 2020) principalmente no ataque contribuem para uma falta de entrosamento e consequentemente ideia de jogo que possibilite que bolas cheguem em condição de finalização. Com Felipão, Moreno atuou em quatro partidas e marcou uma vez, além de ter tido outras oportunidades (10 finalizações, 3 certas) o que evidencia uma melhora do desempenho coletivo ofensivo. Antes da chegada do treinador, o boliviano finalizou apenas 14 vezes em 12 jogos. É o principal finalizador da equipe no campeonato com 24 finalizações (10 no alvo), mas ocupa somente a 26º posição no ranking. Sua taxa de conversão é baixa, apenas 12,5% e média de 1,5 por jogo. Caio Dantas, artilheiro do campeonato com 14 gols, é o 3° com mais finalizações (44) e taxa de conversão de 31,8%, por exemplo.
A boa notícia é que se a média que o boliviano alcançou com a chegada de Felipão for mantida, a tendência é que o número de gols aumente, afinal não é possível balançar às redes com um número reduzido de chances nas partidas. O atacante também está perto de retomar o posto de maior estrangeiro artilheiro do clube, posição que perdeu para Giorgian De Arrascaeta que marcou 50 vezes em 188 jogos. Faltam dois gols para igualar o uruguaio e três para voltar a liderar o ranking. O jogador comentou na coletiva da última quinta-feira sobre a importância dessa marca.
“- É de se orgulhar. É uma marca que ficará para sempre na história do clube, na minha memória. Vou poder contar essa história para os meus filhos, que um dia eu fui o maior artilheiro da história do Cruzeiro. E eu quero continuar fazendo história nesse clube que amo tanto e tenho certeza que com calma vou pegar meu posto novamente e serei o artilheiro, representando bem o Cruzeiro.”
O próximo duelo do Cruzeiro será na noite dessa sexta-feira, contra o Figueirense, às 21h30, pela 22ª rodada, no Mineirão. Os atletas tiveram 11 dias de intervalo e partir de agora serão sete partidas em 22 dias pela Série B.