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Em jogo ruim, Cruzeiro e Náutico empatam nos Aflitos

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FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.

O Cruzeiro enfrentou o Náutico nos Aflitos e conseguiu o empate na etapa final, aos 40 minutos do segundo tempo, com cabeçada do Aírton após belo lançamento de Machado e cruzamento perfeito de Patrick Brey. Foi o segundo jogo do técnico Luiz Felipe Scolari a frente da Raposa, somando 4 de 6 pontos disputados longe de Belo Horizonte. Ainda que o desempenho apresentado esteja longe do ideal, foi o quarto jogo sem derrota da equipe, com três empates e uma vitória.

O jogo iniciou com Felipão mantendo a mesma equipe que venceu o Operário, em Ponta Grossa. A partida era controlada pelo Cruzeiro, que era pouco ameaçado pelo Náutico e conseguia manter a bola no seu campo de ataque. Aos 11′, Arthur Caíke obrigou o goleiro Jefferson a fazer boa defesa após finalização de média distância. Pouco tempo depois, na primeira oportunidade criada pelo Náutico, Vinicius superou a marcação de Rafael Luiz e bateu rasteiro no canto do Fábio, que falhou ao não conseguir realizar a defesa. O revés deixou o time ansioso e o Náutico criou boas chances. Kieza teve uma boa oportunidade em lançamento de Jean Carlos onde Ramon impediu o gol. Depois, o próprio meia bateu falta com muito perigo, e Fábio apareceu bem.

Foi o segundo jogo de Felipão a frente do Cruzeiro. Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Felipão retornou para o segundo tempo com duas alterações: tirou Matheus Pereira e Marquinhos Gabriel, acionando Patrick Brey e Sassá. Foi a terceira alteração do técnico, que antes teve que lançar Aírton no lugar de Arthur Caíke, que saiu por lesão. Pressionado em busca do placar o Cruzeiro não conseguia impor seu jogo e permitia ao Náutico controlar a partida. Aberto pela esquerda, Sassá mais uma vez não funcionou. Marcelo Moreno brigava no comando de ataque, mas não conseguia ganhar bolas dos defensores. Com mais posse de bola (55%), foram 22 cruzamentos com pouca efetividade. O Timbu teve grande chance de matar o jogo aos 11′ quando Erick aproveitou falha do Ramon e finalizou. Cacá salvou em cima da linha. Sem ver efeito prático nas alterações feitas no intervalo, Felipão lançou Machado no lugar de Jadsom e Torrão na vaga de Régis. No abafa, a Raposa empatou aos 40′. Machado lançou Patrick Brey pela esquerda, o lateral cruzou na cabeça de Aírton, que deixou tudo igual.

Mesmo jogando mal, o empate foi um placar justo diante do que as equipes apresentaram. Ao Cruzeiro fica o gosto amargo de ter perdido a chance de sair da zona de rebaixamento caso vencesse um adversário direto. Com o resultado, segue em 18º, com 17 pontos. Além disso, o sistema ofensivo segue sendo um problema grave. Nos últimos sete jogos em que o time sofreu o primeiro gol, venceu um e perdeu os outros 6. Desde os 3×0 contra a Ponte Preta, foram somente três gols marcados (um deles por Manoel, zagueiro). A defesa não pode ser vazada ou a equipe depende de um zagueiro marcar na bola parada ou Arthur Caíke acertar uma finalização. Problema crônico que a comissão técnica deverá corrigir.

O próximo duelo da Cruzeiro será contra o Paraná, no encerramento do primeiro turno, no Mineirão. A oscilação apresentada pelo time custou caro e o returno precisa ser melhor para que o risco de rebaixamento deixe de rodear o ambiente.