
No último domingo, o Cruzeiro teve um confronto no Mineirão com o Internacional, na 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, e acabou sendo derrotado mais uma vez em seus domínios. No entanto, a situação da equipe piorou consideravelmente com a sequência dos jogos da rodada, mesmo sem entrar em campo. Isso aconteceu devido à vitória do Vasco sobre o Botafogo por 1 a 0, em São Januário. Como resultado desse jogo, o Cruzeiro acabou caindo para o 17º lugar na classificação do Campeonato Brasileiro, entrando pela primeira vez durante o campeonato na zona de rebaixamento.
A situação pode ficar ainda mais delicada para o Cruzeiro, que volta a campo apenas no próximo sábado, contra o Coritiba, em Curitiba. O Goiás, atualmente na 18ª posição, com 35 pontos, e pode ultrapassar a Raposa caso supere o Santos, jogando em Goiânia, nessa quinta-feira (9). O time celeste tem dois jogos a menos em relação aos seus adversários, em partidas a serem realizadas contra o Fortaleza e Vasco da Gama, e enfrentará essas equipes nos dias 18 e 22, respectivamente.
Para garantir mais nove pontos até o final do campeonato, o Cruzeiro precisará melhorar seus resultados nos próximos confrontos. De acordo com os cálculos do Departamento de Matemática da UFMG, a pontuação ideal para minimizar a probabilidade de rebaixamento no Campeonato Brasileiro é de 46 pontos. Portanto, o time precisará de, pelo menos, entre 9 e 10 pontos nos oito jogos restantes para conseguir assegurar a permanência na Série A do Brasileiro.
Na coletiva pós-jogo no último domingo, o técnico Zé Ricardo foi questionado sobre o momento que sua equipe atravessa no campeonato e pediu sabedoria e força mental para sair novamente de uma situação de muita pressão:
“O momento que se pressiona uma equipe, temos que ter força mental, sabedoria, tranquilidade e confiança para resolver da melhor maneira. O futebol é um esporte que como quase todos os outros, algumas coisas a gente controla, outras como o externo a gente acaba não controlando. Dentro de um plantel de 32 atletas, uns vão reagir de uma forma, outros de outra. Precisamos ter a tranquilidade e entender que depende apenas de nós. Hoje foi um pecado ter perdido esse jogo pelo que produzimos, pela postura que o Inter teve, mas veio pra jogar no nosso erro e não soubemos administrar e perceber isso. Duelar nos momentos específicos, no segundo gol a gente se equivoca nas tomadas de decisão e ai coloca o Inter numa situação super confortável pra eles. As trocas foram para dar um novo gás e tentar pelo menos o empate. Produzimos, fizemos o 2 a 1, tivemos chance de finalizar pela falta, finalização, conseguir pelo menos o empate e não conseguimos. É ter tranquilidade e confiança como temos no nosso trabalho e nos atletas que aqui estão.”