
Na finalíssima que consagrou o Cruzeiro como campeão do Campeonato Mineiro Feminino de 2023, um episódio inusitado veio à tona após o árbitro Richard Michel Lara assumir um erro crucial em sua súmula. O jogo, que terminou com a vitória do Cruzeiro por 1 a 0 sobre o Atlético, ganhou destaque não apenas pelo resultado, mas também pelas polêmicas envolvendo a arbitragem.
O equívoco citado na súmula ocorreu aos dois minutos do segundo tempo, quando o árbitro aplica o cartão amarelo à atleta Dayana, volante e camisa 8 do Galo, por impedir um ataque promissor da Raposa. Segundo o próprio árbitro: “em uma ação de bloqueio considerada anti natural.”
O problema surgiu quando o árbitro, segundo o próprio “de forma equivocada“, registrou o cartão para a atleta Katielle, camisa 6 do Atlético, que estava próxima ao lance, mas não envolvida diretamente na infração.
A confusão se agravou aos 32 minutos da etapa complementar, quando Dayana recebeu o que seria seu segundo cartão amarelo por atingir a adversária com o antebraço, mas não foi expulsa de campo. A situação levantou dúvidas não só nos envolvidos na final, mas também entre as próprias auxiliares de arbitragem, Juliana Nascimento e Suellen das Graças, bem como a quarta árbitra Josiene Dinelle.
No relato presente na súmula, o árbitro Richard Michel Lara reconheceu o erro no momento da partida, afirmando que a anotação do cartão amarelo fora feita para a atleta errada. Apesar do questionamento das auxiliares no rádio sobre o segundo cartão para a atleta Dayana, o árbitro reiterou que o cartão fora aplicado a Katielle e tendo sido corrigido após o final da partida.
No entanto, o árbitro assegurou que, apesar do equívoco, o jogo seguiu “normalmente até o final, sem causar prejuízos para o resultado final.”
Apesar das explicações dadas na súmula, é preciso deixar claro que a camisa 6 do Atlético, Katielle, também deveria ter sido expulsa, uma vez que ela tomou cartão amarelo ao parar um contragolpe do Cruzeiro aos 12 minutos da segunda etapa. O cartão, inclusive, não consta na súmula.
Confira a íntegra da súmula:

Vale ressaltar que esse não foi o único momento de polêmica da final, com a arbitragem também deixando de marcar um pênalti claro para o Atlético, ainda no primeiro tempo da partida. A final não contou com análise do árbitro de vídeo (VAR).