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EMPATE AMARGO EM NOITE DE VAR POLÊMICO

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FOTO: VINNICIUS SILVA / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.

A luta contra o rebaixamento continua. O empate em 1 a 1 contra o Bahia, na noite deste domingo (3) pela 30ª rodada do campeonato brasileiro é a prova de que essa reta final de campeonato não será fácil para o time, mesmo após demonstrar reação e atualmente ostentar uma invencibilidade de 8 jogos (3 vitórias e 5 empates), a briga do time é sim contra um possível descenso e os resultados da rodada aumentam o rol de times que entraram nessa briga.

O empate contra o Bahia tem gosto amargo: o Cruzeiro novamente criou mais e perdeu chances claras de gols. David e Fred seguem devendo quando o assunto é gol com bola rolando – só no primeiro tempo foram oito finalizações, nenhuma na casinha e os atacantes citados perdendo chances claras na pequena área. Essa posse de bola improdutiva (62% na primeira etapa) é de deixar nos nervos. Mas o time seguia melhor no jogo.

O segundo vinha sendo um replay do primeiro, até o VAR agir. Sei que é um assunto polêmico, divide opiniões e vai gerar debate, mas o que se viu hoje no Mineirão é a falta de critério em sua essência. Primeiro o árbitro de vídeo deixou de agir em um pênalti a favor do Cruzeiro, um lance rápido, mas que fica evidente no replay o toque do defensor tricolor no pé do atacante celeste. E logo depois, um lance que divide opiniões: Orejuela pulou, de costas pro atacante, na intenção de interceptar um chute. A bola resvala no braço do lateral, o juiz manda o jogo seguir e o Cruzeiro se lança ao ataque. Ainda com a bola em jogo e um ataque em construção, o árbitro paralisa o jogo, vai até o VAR e marca pênalti pro Bahia. Não satisfeito, ainda mostra o 2º amarelo pro colombiano e o expulsa. Pênalti convertido e Bahia na frente.

Que fique claro: esse tipo de lance ser pênalti é absurdo. Interpretação ou regra. Orejuela não ganha “vantagem” nenhuma no lance, pula de costas para interceptar um chute. O movimento do braço é natural pra quem pega impulso e se vira. Ainda não inventaram um jeito de saltar sem os braços no futebol.

Foto: Reprodução / VAR

 

Um a menos e placar adverso. Conseguir o empate nesse cenário seria complicado e causaria alívio. Mas o empate veio – num chute magistral de Sassá na entrada da área – e mesmo assim a sensação de que perder 2 pontos fora de casa, com requintes de injustiça, não ajuda em nada ao time na briga contra o Z4. 

O Cruzeiro termina a rodada com os mesmos 33 pontos de Botafogo e Ceará e a briga contra o Z4 segue aberta. De positivo, o time manteve a invencibilidade, segue fora da zona de rebaixamento e Sassá voltou a marcar (menção honrosa pra Dodô, que substituiu bem Egídio). De negativo, principalmente, a falta de critério e transparência no uso do VAR, além das atuações de Thiago Neves e Fred.

Abel Braga já chegou e já “controlou” o grupo. Agora é hora do treinador fazer as substituições necessárias e que há tempos já vem sendo cobradas. O Cruzeiro não pode ficar refém da camaradagem de jogadores como Thiago Neves e Edilson que nada acrescentam. E não dá pra manter o Fred como titular, mesmo com toda disposição que mostra, diante de um aproveitamento tão ridículo com a bola rolando. Se a base já mostrou ser útil na defesa e no meio de campo é hora de utilizá-la com confiança na criação e no ataque. A base salva, Abel!

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