EMPATE, CLASSIFICAÇÃO E RESSALVAS

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Finalmente! Depois da realização da Copa do Mundo que consagrou a França como Bi Campeã Mundial (muitas equipes tentam esse feito há mais de 100 anos e não conseguem) voltamos a ter futebol no Brasil. E nada melhor do que ver o Cruzeiro em um jogo decisivo, classificado para às quartas de final da Copa do Brasil e uma torcida que, vale ressaltar, novamente merece todos os elogios. Em uma segunda-feira, 40 mil pessoas compareceram ao Gigante da Pampulha para conferir… um empate. Sim, poderia ter sido melhor. Seguimos com um desempenho aquém do esperado. Vamos aos fatos:

O Cruzeiro começou o jogo no seu 4-2-3-1 de sempre, mas a atuação não foi de encher os olhos. A equipe optou por dar a bola ao adversário e controlar os espaços. O Furacão registrou 58% de posse de bola no primeiro tempo, segundo o Footstats. Foram apenas 5 finalizações, com uma acertando o alvo. Com a bola, a Raposa mostra problemas que já apareceram nos amistosos e nas partidas finais antes da pausa para Copa. Muito jogo por fora, os zagueiros saem jogando, um volante desce para dar sustentação, os laterais sobem até a linha do meio campo e dão amplitude e é através deles que se iniciam os ataques. Com a marcação do Atlético Paranaense pressionando a partir do seu campo, os laterais voltavam a bola pros zagueiros, e o mesmo se repetia. Poucas vezes a bola era trabalhada por dentro, buscando o funil. Com este comportamento, a opção ao chegar próximo a área adversária era por cruzamentos onde não havia um centroavante de ofício para aproveitá-los.

Parte desse problema ocorre pela má fase técnica vivida por Thiago Neves. O camisa 30 é o responsável pela movimentação central entrelinhas, no último terço, que proporcione um desequilíbrio defensivo para nossos pontas e atacantes aproveitarem. Porém, devido aos comportamentos citados acima, este vem recebendo pouco a bola. Com a futura entrada do Pirata, a equipe terá um jogador capaz de dar profundidade e fazer o pivô, proporcionando um maior suporte ao meia. Arrascaeta e Sobis revezaram pelo lado esquerdo e na “referência” da primeira pressão junto ao Thiago.

No segundo tempo, Mano Menezes acionou Raniel e David nos lugares de Thiago Neves e Rafael Sobis. Robinho entrou posteriormente na vaga de Rafinha, esgotado fisicamente. O volume ofensivo da equipe melhorou, mas poucas chances foram criadas. Aos 40 minutos, Raniel lançou Robinho que escorou para Arrascaeta colocar no lado esquerdo do goleiro Santos, 1×0. O gringo que esteve representando o Uruguai na Copa do Mundo voltou com tudo. Porém, a classificação não veio com vitória. Aos 46 minutos, Bergson aproveitou um vacilo da defesa azul, chapelou Dedé e bateu forte, sem chances para o Fábio. 1×1.

Confira os gols

https://www.youtube.com/watch?v=b4BTNMIIcf8

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Devemos comemorar a classificação, muito importante pelo aspecto financeiro (R$ 3 milhões entraram nos cofres pela classificação) e esportivo. Mas, alguns ajustes precisam ser feitos. A circulação da bola no campo ofensivo precisa melhorar. A falta de intensidade em alguns momentos, tanto defensiva quanto ofensivamente, incomoda ao torcedor. Outras considerações: Thiago Neves precisa voltar a jogar bem (e o mesmo sabe disso). O camisa 30 já viveu momentos ruins antes e deu a volta por cima. Qualidade e poder de decisão, sempre teve. Arrascaeta mostrou sua importância com o gol que nos garantiu a classificação, ratificando seu poder de decisão e como faria falta se tivesse sido negociado. Rafinha, taticamente aplicado, venceu muitos duelos e contribuiu com a fase defensiva muito bem. É uma espécie de pulmão do nosso meio-campo.

A estratégia de controlar o imponderável de um jogo de futebol como o de hoje, me preocupa. Compreendo que a sequência de jogos é pesada e talvez o time, de certa forma, até tenha dosado suas energias. Contudo, precisamos ficar atentos aos detalhes e desempenhar melhor. Por hoje, vale a classificação. O próximo adversário da Copa será o Santos, do contestado Jair Ventura. Seguimos.

CRUZEIRO

Fábio; Edilson, Leo, Dedé e Egídio; Henrique e Lucas Silva; Rafinha (Robinho, aos 32min do 2ºT), Thiago Neves (Raniel, aos 16min do 2ºT)  e Arrascaeta; Rafael Sobis (David, aos 23min do 2ºT)

Técnico: Mano Menezes

ATLÉTICO PARANAENSE

Santos; Jonathan (Bergson, aos 36min do 2ºT), Thiago Heleno, Paulo André e Renan Lodi; Bruno Guimarães, Lucho González (Marcinho, aos 29min do 2ºT) e Matheus Rossetto; Nikão e Raphael Veiga (Guilherme, aos 19min do 2ºT); Pablo

Técnico: Tiago Nunes

Saudações celestes!
#MeDibre

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