
Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
Meu.Deus.
Confesso esperei a adrenalina abaixar para conseguir escrever sobre o grande resultado conquistado pelo Cruzeiro no Monumental de Nuñez, contra o atual campeão da Libertadores. O River Plate pressionou, teve um pênalti ao seu favor no último minuto após lance juvenil do Henrique, mas isolou graças a Matías Suárez. O empate, que já era um bom resultado, acabou tendo sabor de vitória. A sorte sorriu pra gente, ainda bem.
Mano armou o Cruzeiro para o contra-ataque. Pedro Rocha era o centroavante que dava profundidade, Thiago Neves entrou ao seu lado e Lucas Romero fez dupla com Henrique na volância. Pelos lados, Robinho ficou pela direita e Marquinhos Gabriel na esquerda. O time da casa pressionou demais no primeiro tempo pelo lado direito, onde Egídio e Marquinhos G. apresentavam enorme dificuldade para sair jogando. O lateral foi o pior em campo, errando muitos passes. River usava linha alta, com zagueiros subindo até o campo ofensivo. De La Cruz e Ignácio Fernández saiam da ponta e exploravam a entrelinha, com Montiel e Angileri (laterais) dando amplitude.
Fomos para o intervalo com 62 passes errados e apenas 65% de aproveitamento nos passes, número baixíssimo. Robinho estava sumido devido ao adversário explorar demais nosso lado esquerdo e, com a dificuldade de Egídio e Marquinhos Gabriel em sair jogando e a ausência de um volante para tirar a bola da zona de pressão, ele não conseguia ser acionado. Pensando nisso, Mano voltou pro segundo tempo com Ariel Cabral em seu lugar, deslocando Lucas Romero para a ponta direita. A alteração deu resultado, crescemos no jogo e passamos a encarar o River de igual pra igual. Thiago Neves, nitidamente abaixo fisicamente e sem ritmo saiu para entrada do David aos 17′. Sua entrada fez nosso volume ofensivo aumentar, com boas escapadas. Contudo, os erros de passe persistiam. Erramos menos passes na etapa final (42) e o aproveitamento subiu para 75%, porém ainda fomos incapazes de concluir bem às jogadas. Foi assim com Pedro Rocha, David e Jadson que tiveram boas oportunidades de encaixar o contragolpe e… erraram o passe!

Henrique quase colocou tudo a perder. Por sorte, o pênalti foi pra fora. Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
No último minuto, um lance fez o cruzeirense prender a respiração. Henrique, infantilmente, puxou a camisa de Lucas Pratto, o árbitro foi chamado pelo VAR e marcou pênalti. Matías Suárez foi pra bola e isolou. Explosão de felicidade. As mexidas do treinador melhoraram o time, David entrou melhor em relação ao Thiago Neves e conseguimos ter mais posse no ataque. Cabral trouxe mais equilíbrio na esquerda, Romero pela direita auxiliou bem o Orejuela que novamente fez grande jogo. Esse lateral é muito bom e merece permanecer ano que vem. Espero também que El Perro fique, é muito útil e consegue desempenhar em várias posições.
Terminamos a partida com 5 finalizações, nenhuma no alvo. Logo no início do segundo tempo, Marquinhos fez um gol anulado pelo VAR devido ao impedimento. A corrigir a quantidade de erros de passe e desperdício de contra-ataques. Fora isso, atuação madura. Acredito que qualquer equipe aceitaria de bom grado empatar com o River fora de casa. O jogo da volta é na próxima terça, às 19h15. Vamos com tudo em busca da classificação.
Avante, Cruzeiro!
#MeDibre