
Foto: Bruno Haddad / Cruzeiro / Flickr Oficial
A situação do técnico Rogério Ceni no comando do Cruzeiro está bastante delicada após o empate sem gols contra o Ceará, no Castelão. Durante a reunião com os jogadores no vestiário, na tradicional roda de bate papo após os jogos, o treinador estava motivando os atletas quando o Dedé pediu a palavra e cobrou a ausência do Thiago Neves no jogo, destacando sua importância para o time e que o camisa 10 não poderia ser preterido. Após o ocorrido, o técnico optou por pegar suas coisas e se retirar do vestiário, deixando os jogadores resolverem entre si.
A equipe do Deus me Dibre apurou que houve uma conversa entre o treinador com o vice-presidente de futebol, Itair Machado, e Marcelo Djian, diretor de futebol, onde relataram não haver mais clima com os jogadores para que ele seguisse no comando da equipe, alegando haver de sete a oito atletas querendo treinar em separado e sugerindo que o mesmo pedisse demissão. Rogério não aceitou tal abordagem e disse que seguiria no cargo. A insatisfação de alguns nomes do elenco com o técnico ocorre desde a eliminação para o Internacional na Copa do Brasil, quando o meia Thiago Neves foi à imprensa questionar a não utilização do lateral Edílson, sendo rebatido posteriormente pelo treinador que sua reclamação se dava pelo fato de ter deixado “um amigo” de fora. Desde a goleada sofrida para o Grêmio dentro do Independência pelo Brasileiro, o lateral não foi mais utilizado.
O clima está perto do insustentável e o time não vence há cinco jogos, ocupando parcialmente a 16º colocação do Brasileiro com 19 pontos. A continuidade de Rogério Ceni a frente do clube é difícil e talvez resista, no máximo, até o duelo contra o Goiás. Há pouco mais de 1 mês no clube, soma 8 partidas com 2 vitórias, 2 empates 4 derrotas, um aproveitamento de 33,3%. A temporada do Cruzeiro é o retrato da atual diretoria. Sem comando, nenhum clube de futebol se sustenta. É necessário ter hierarquia e respeito. O presidente é apenas figurativo e os diretores não possuem voz ativa dentro do vestiário para cobrar os jogadores. São esses veteranos que após não renderem com Mano Menezes e fritarem o atual treinador deverão salvar a Instituição do desastre. Como diria Thiago Neves, agora é com os “nego veio”. Chega de transferir responsabilidades.
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