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A tarde de reapresentação na Toca da Raposa II foi aguardada com bastante expectativa por torcedores e imprensa, afinal, Itair Machado e o capitão Henrique estavam encarregados de prestar esclarecimentos sobre a terrível fase que o time vive dentro de campo. São 7 partidas desde a conquista do Mineiro e a quantidade de gols sofridos saltou de 9 em 21 jogos para 14. Além disso, são 4 jogos em seqüência sem vitória.
O torcedor espera que a cobrança surta efeito. Mas, especialmente, o treinador notar que o time escalado parou de dar resultado. Porém, antes mesmo das vitórias minguarem, já era comentado que a dupla de volantes não estava encaixando. Henrique e Romero são dois primeiros volantes. Quando jogam juntos, precisam marcar e sair pro jogo. Atualmente, não estão fazendo nenhuma das duas funções de forma satisfatória, principalmente o argentino. Foi citado na coletiva que também houveram turbulências entre 2017 e 2018. Endosso que, curiosamente, os piores momentos da equipe aconteceram quando os volantes não conseguiram desempenhar bom futebol. Em 2017, com a lesão de Cabral na derrota pro São Paulo, vencemos a Chapecoense pela Copa do Brasil por 1×0 na conta do chá e depois perdemos o Mineiro e fomos eliminados na Sul-Americana. Em 2018, passamos pelo Tupi no limite, perdemos pro rival no 1° jogo da final, pro Grêmio, empatamos com a La U no Chile e o ponto da virada foi a entrada do Lucas Silva na equipe.
Essa cena vem sendo recorrente nos jogos. A última linha no mano a mano com o adversário, sem a devida proteção dos volantes. Não por acaso, estamos sofrendo muitos gols.
Outra necessidade é buscar entender o motivo da queda de rendimento de Rodriguinho e Thiago Neves. Ambos exercem um papel fundamental que é buscar a bola junto aos volantes e aparecer como opção de passe para girar e buscar os pontas ou centroavantes. Hoje, não conseguem combater, prender a bola ou pisar na área, deixando Robinho extremamente sobrecarregado com a parte criativa e o camisa 9 sem ser municiado. Enquanto o meia esteve fisicamente bem para encostar nos volantes e levar a bola pra frente, conseguíamos produzir ofensivamente, mas agora não consegue repetir com a mesma efetividade. Pedro Rocha vem sendo a válvula de escape, mas ainda precisa soltar a bola mais rapidamente, coisa que Marquinhos Gabriel estava fazendo bem até machucar. Não seria o momento de utilizar dois pontas mais agudos e puxar Robinho pro meio? Enfim, devemos buscar alternativas e as duas semanas cheias para trabalhar serão fundamentais pra isso.
Mano precisa trabalhar e rever suas convicções. Assim como nos últimos dois anos saímos dos momentos ruins fazendo alterações pontuais na equipe e agora não pode ser diferente. Nunca atravessamos uma fase tão difícil, com o sistema defensivo (marca do trabalho do Mano) tão vulnerável. Polêmicas de atraso de premiação e demais ilações sem evidência devem ser ignoradas. A torcida vai apoiar, mas saberemos a verdade dentro de campo, vendo outra postura.
#MeDibre