Sabe aquela fase inocente das nossas vidas, logo em nossa infância, que todos tínhamos vontade de ser super-heróis? Já brincamos de ser o Super-Homem, o Capitão América, o Homem de Ferro, Thor, Hulk, Batman, Wolverine e… nossa… São tantos, né?! Quem nunca fez isso?!
Nós queríamos ser eles por conta dos seus poderes, porque eles salvam vidas, promovem feitos incríveis e atos heróicos. São amados pela população, seus fãs, são aclamados e endeusados. O único problema é que eles são o que são… personagens fictícios.
Mas, mesmo não existindo, essas figuras são importantes para construir um legado. Eles passam não só para as crianças, mas para toda uma esfera social, uma noção de moralidade, de bondade, de correção. Novamente, uma pena que eles são o que são… personagens fictícios.
Mas você não precisa perder aquele brilho no olhar de quando era uma criança. Afinal, não é só porque ficamos adultos que super-heróis deixaram de existir. E se tem algo que você, leitor, pode passar para as nossas crianças é que, sim, eles existem sim! Não esses que permeiam os universos de Marvel e DC. São heróis menos aclamados, endeusados… mas seus feitos são incríveis, inacreditáveis, de um heroísmo quase inexplicável e eles são de carne e osso, eles existem sem máscaras e sem capas.
Os super poderes desses seres incríveis são até melhores que uma visão de calor, ou uma força extraordinária: são a coragem e a paixão pela sua profissão; o amor ao seu semelhante, algo tão puro, tão lindo, que esses seres super poderosos não pensam duas vezes em arriscarem as suas vidas mortais para salvar a vida de quem eles nem conhecem!
Ah! Não tenho dúvidas de que se o Thor, mesmo sendo o deus do trovão, encontrasse com um BOMBEIRO, ele humildemente se ajoelharia e faria uma reverência respeitosa a esses verdadeiros homens dignos.
Por que é isso que o BOMBEIRO é, um HERÓI!
Infelizmente, em nossas rotinas e correrias da vida, só nos lembramos de exaltarmos os bombeiros quando grandes catástrofes, como essa agora de Brumadinho, acontecem. Com certeza não é por maldade nossa, é porque são nessas situações, onde existe uma cobertura midiática intensa, que temos a oportunidade de ver a grandiosidade, a generosidade, a coragem e o amor que eles tem pela vida. Pela vida de todos!
O que não podemos esquecer, nunca, pois seria uma injustiça sem tamanho, é que eles não são esses heróis somente à frente das câmeras, eles o são assim todos os dias, enfrentando incêndios, inundações, desabamentos, grandes acidentes, salvamento de animais que estão em risco, exploração para encontrar pessoas que se perdem em matagais e florestas. Eles SEMPRE estão lá. Quando uma carreta desce sem freio na Avenida Nossa Senhora do Carmo, ou quando um ônibus perde o controle e despenca dentro do Rio Arrudas. Eles SEMPRE estão lá. Operando milagres.
É, hoje me permiti, voltei a ser criança. Peguei um caixote de papelão, quebrei a vassoura da minha mãe e a parte de varrer virou uma longa cauda, com um rotor. O outro pedaço do cabo da vassoura virou o manche. Meus chinelos foram usados como pedais e pronto, meu helicóptero! Eu… não sou mais eu. Eu sou um super-herói. Ou melhor, uma heroína. Brinquei de ser a Major Karla Lessa, saí por esse mundão, pilotando minha aeronave-quase-espacial, salvando e combatendo todo tipo de mau que existe nessa terra.
Por que agora eu brinco de ser BOMBEIRO, o super-herói!
Uma pequena homenagem do Deus Me Dibre a esses guerreiros.