FOTO: VINNICIUS SILVA / CRUZEIRO E.C. / FLICKR OFICIAL
Amigos, a situação desesperadora do Cruzeiro no Brasileiro faz de todo jogo um drama diferente. Hoje contrariamos todas as probabilidades, superamos o nosso rival mais amargo quando se trata de Campeonato Brasileiro, o São Paulo, algo que não ocorria desde 2015, renovamos nosso ânimo e seguiremos lutando para salvar esse clube gigante. Sem vaidade, pelo Cruzeiro, pela camisa. A torcida, mais uma vez, foi o combustível que empurrou todos os atletas. Não faltou entrega, dedicação e esforço por parte dos jogadores. É isso que pedimos. Menos papo, mais bola. Depois de oito jogos de jejum, conseguimos desencantar.
O São Paulo não marcava gols fora de casa há dois jogos e, falando friamente, não exigiram grandes defesas do Fábio. Apesar de 60% de posse de bola e 557 passes trocados, conseguiram apenas duas finalizações certas a nossa meta. O grande adversário do Cruzeiro hoje era seu próprio nervosismo e a ansiedade que 4 pontos atrás do primeiro colocado fora da zona de rebaixamento provocam. Mesmo assim, fizemos um primeiro tempo bom. Pressionamos o São Paulo no ataque, porém, com a bola, faltava velocidade nos contra-ataques. David, o melhor do primeiro tempo, era o responsável por dar verticalidade ao time. Insistíamos bastante por dentro onde havia uma concentração maior de jogadores e perdíamos a oportunidade de utilizar os lados do campo. Robinho, pela direita, errava bastante na tomada de decisão, insistindo em cruzamentos da intermediária improdutivos.
A torcida do Cruzeiro, mais uma vez, foi a melhor em campo. Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro
Abel voltou pro segundo tempo com Marquinhos Gabriel pelo lado direito justamente na vaga de Robinho para trazer mais velocidade e drible. A alteração não me agradou já que o problema de trabalhar demais por dentro é algo que costuma ocorrer quando ele joga por lá. Contudo, dessa vez deu certo. Foi de Marquinhos o cruzamento pro gol do contestado Thiago Neves. Sua primeira assistência em 18 jogos no Brasileiro. O camisa 10, que vem sendo cobrado pra entregar mais pois todos sabemos que tem condições de fazer isso, hoje nos deu três pontos. Hoje não merece críticas. Pelo Cruzeiro, devemos deixar as vaidades de lado.
Por fim, vale ressaltar mais uma partida gigante do Ederson. Há tempos pedíamos um volante com capacidade de ditar o ritmo da equipe, chegar ao ataque e ser um elemento surpresa. O garoto faz tudo isso. Destrói, aparece como opção, ataca e entrega o dinamismo que tanto sentíamos falta. Saiu cansado, mas foi o melhor em campo. O próprio Abel reconheceu na coletiva admitindo que o garoto “é um monstro” e ainda completou com “vai disputar Olimpíada”. Pois afirmo que já vale ouro.
Acho que a confiança que faltava pros jogadores entenderem que podem tirar o time dessa situação veio com a vitória de hoje. Justamente contra o São Paulo, nosso pior algoz. Não fosse o péssimo trabalho do VAR nos últimos jogos, estaríamos com 29 pontos, a frente do Fortaleza, na 15º posição. Com entrega, concentração e luta até a última bola, vamos sair dessa. Estamos muito vivos.
#MeDibre