FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
O primeiro clássico de 2020 terminou com a vitória do Atlético, por 2 a 1, num jogo de tempos distintos entre os times. O Cruzeiro que não conseguiu impor o ritmo do jogo no primeiro tempo, controlou a partida no segundo – quando empatou – e teve até a chance de virar a partida. Um chutaço de fora da área do meia Otero, nos acréscimos, fechou o placar a favor do time alvinegro. Com o resultado, o Cruzeiro permanece com 14 pontos, empatado com Caldense e Tombense, mas fica fora do G4 classificatório do campeonato mineiro pelos critérios de desempate.
O primeiro tempo foi muito intenso, pegado e truncado. Um jogo de domínio do Atlético principalmente no meio de campo. O Cruzeiro, que preferiu a ligação direta, não conseguiu criar boas chances e viu o rival marcar com Igor Rabello após uma cobrança de escanteio. O zagueiro atleticano passou por toda defesa celeste – um dos problemas crônicos e que precisa de correção – e completou de calcanhar, aos 36 minutos. 1 a 0 que permaneceu até o fim da primeira metade.
O Cruzeiro voltou com mudanças para a segunda etapa: Pedro Bicalho saiu para a entrada de Jonatha Robert. A mudança surtiu efeito, com mais presença celeste no campo ofensivo. O Cruzeiro pressionou a saída de bola do Atlético e a entrada de Thiago (no lugar de Maurício, que não fazia boa jogada) aumentou ainda mais a efetividade ofensiva. E foi do próprio Thiago o gol de empate. Edilson recebeu na entrada da área e levantou uma bola perfeita, Thiago se antecipou ao zagueiro e nem precisou pular para cabecear. 1 a 1 e um evidente domínio celeste na segunda metade do clássico.
O clássico caminhava para um justo empate, entretanto, nos acréscimos, Otero acertou um chute perfeito no ângulo do Fábio. O talento individual faz parte do jogo e o Atlético conseguiu a vitória.
De positivo, fica visível uma evolução do time, principalmente no segundo tempo. Se o técnico Adilson Batista vem sendo cobrado sobre uma melhora, principalmente tática, ela pode ser vista no segundo tempo. Ainda é pouco, mas já é algo. O time em si é capaz de produzir mais, mesmo com diversas limitações que o próprio elenco tem – além do momento de reconstrução vivido pelo clube. Destaco aqui as boas partidas de Thiago, Marcelo Moreno e Jadsom, além de Edu na contenção e na proteção.
De negativo, o primeiro tempo onde o Cruzeiro ficou vendido e poderia ter se complicado muito mais, principalmente diante de um adversário que também vive período de formação de time e contava com um técnico interino.
O próximo compromisso do Cruzeiro é pela Copa do Brasil, o time do treinador Adilson Batista terá pela frente outro adversário difícil: o CRB, dia 11/03, às 21:30h, no Mineirão.