
FOTO: BRUNO HADDAD / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
O jogo tinha validade pela 33º rodada da Série B. Com mínimas chances de conquistar o acesso, mas ainda lutando para estar matematicamente livre do perigo de cair para Série C, o Cruzeiro viajou até São Luis, no Maranhão. O adversário da noite era o Sampaio Corrêa. A vitória por 1×0 veio com sufoco, drama, jogador expulso, a estreia do garoto Paulo como profissional substituindo Cacá numa fogueira e dando conta do recado. Além de tudo isso, uma grande atuação de Fábio.
Segundo o Sofascore, o goleiro fez seis defesas, quatro dentro da área, rendendo uma nota de 8.3 – a maior do time – e a vaga na seleção dos melhores da rodada. Porém, além da performance primordial para garantir três pontos que sustentam o sonho quase impossível de acesso à série A do Campeonato Brasileiro e praticamente dá fim a qualquer chance de rebaixamento no campeonato, suas palavras na preleção, já no túnel do estádio, minutos antes do time entrar em campo, devem servir de norte para o ano de 2021.
“A gente fala que os caras dão a vida contra o Cruzeiro, pra que? Pra querer estar aqui. Mas nós estamos aqui. Os caras não podem ter mais nada do que a gente. Não podem ter mais vontade, mais gana, não podem querer estar mais no Cruzeiro que a gente.”
O clube terá que se reinventar nesse ano para conseguir montar um time competitivo e gastando pouco. Para isso, buscar no mercado jogadores que se adaptem a filosofia do técnico e tenham um custo baixo. Criatividade e bom mapeamento de mercado serão necessários. Mas, acima de tudo, o atleta precisa querer estar no Cruzeiro e defender essa camisa. Não é possível ter no elenco jogadores que não enxerguem a oportunidade de estar aqui como a chance da vida de crescer e ambicionar voos maiores na carreira. Fábio deu o caminho: Quem está fora não pode ter mais vontade, gana e ambição de estar no Cruzeiro do que quem já está.